PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS EM QUADROS ARTRÁLGICOS DE PACIENTES PORTADORES DA FORMA CRÔNICA DE FEBRE CHIKUNGUNYA |
Casos de Febre Chikungunya foram evidenciados desde 2014 no continente americano, associados, muitas vezes, a processos epidêmicos. Nesse contexto, essa patologia ainda causa impactos na saúde pública devido a uma alta taxa de artralgia debilitante decorrente de seu quadro crônico, gerando acometimento articular persistente ou recidivante, caracterizado por dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de eritema. O objetivo do trabalho foi elaborar um levantamento bibliográfico que evidencie novas propostas terapêuticas para pacientes portadores da forma crônica da Febre Chikungunya com debilidades artrálgicas. Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura do tipo integrativa. Foram pesquisados nas bases de dados MedLine , SciELO, PubMed e BVSMS, à procura de artigos nacionais e internacionais, completos, nos últimos cinco anos. Foram excluídos artigos não originais ou duplicados e, utilizando-se os descritores “Chikungunya Fever”, “Chronic Disease” e “Combined Modality Therapy”. Trinta e cinco (35) artigos foram selecionados e, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 24 foram eliminados, restando 11 estudos na presente revisão. O uso de anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais ainda são a primeira escolha de tratamento nesses quadros, todavia, em casos refratários o uso do metrotexato e hidroxicloroquina, por 6 meses, tem sido utilizado com boa resposta terapêutica. Novas drogas têm sido administradas, quando associado a outras co-morbidades reumatológicas, dentre elas a ribavirina, fosfato de cloroquina e colchicina. Outros métodos terapêuticos estão em estudos, como o uso de ultrassonografia associado a laser infravermelho e o tratamento com Serpinb6b, um inibidor da granzima A circulante. Todavia, todos os métodos devem ser associados ao tratamento fisioterápico e funcional. As novas propostas terapêuticas têm sido importantes para o restabelecimento da qualidade de vida desses pacientes, principalmente quando existe um acompanhamento multidisciplinar. Foi evidenciado que para evitar maiores sequelas artrálgicas deve-se considerar consultas reumatológicas o mais cedo possível. Portanto, a Febre Chikungunya ainda persistirá como uma infecção de difícil prevenção e controle, mesmo quando vacinas e tratamentos efetivos estiverem disponíveis. |