PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS EM QUADROS ARTRÁLGICOS DE PACIENTES PORTADORES DA FORMA CRÔNICA DE FEBRE CHIKUNGUNYA
EDILBERTO COSTA SOUZA 1, LUIZ CUSTÓDIO MOREIRA JÚNIOR1, VANESSA LIMA GONÇALVES1, ERIK LAFITT TAVARES MONTEIRO1, MAÍRA PACHECO FRAGA1, RAYLHA FARIAS TAVARES1, REGINALDO PINTO PEREIRA FILHO1, TARCÍSIO CARNEIRO MASCARENHAS1, THAIS PESSOA DE MENDONÇA MARTINS1, ALANA CRISTINA ALVES GARCIA1, JULLYANA BEZERRA SOUZA1, GABRIELA AUGUSTO RODRIGUES PEREIRA1, EUGÊNIO PAIVA DE ALENCAR1, CAROLLINE EVELLYNG BARBOSA MORAES1, ANA VALERIA DE SOUZA TAVARES1
1. FSM - Faculdade Santa Maria, 2. UNIPÊ - Unipê Centro Universitário, 3. UNIPÊ - Unipê, 4. UNICHISTUS, - Unichistus,
edilberto_bioquimico@hotmail.com

Casos de Febre Chikungunya foram evidenciados desde 2014 no continente americano, associados, muitas vezes, a processos epidêmicos. Nesse contexto, essa patologia ainda causa impactos na saúde pública devido a uma alta taxa de artralgia debilitante decorrente de seu quadro crônico, gerando acometimento articular persistente ou recidivante, caracterizado por dor com ou sem edema, limitação de movimento, deformidade e ausência de eritema. O objetivo do trabalho foi elaborar um levantamento bibliográfico que evidencie novas propostas terapêuticas para pacientes portadores da forma crônica da Febre Chikungunya com debilidades artrálgicas. Trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura do tipo integrativa. Foram pesquisados nas bases de dados MedLine , SciELO, PubMed e BVSMS, à procura de artigos nacionais e internacionais, completos, nos últimos cinco anos. Foram excluídos artigos não originais ou duplicados e, utilizando-se os descritores “Chikungunya Fever”, “Chronic Disease” e “Combined Modality Therapy”. Trinta e cinco (35) artigos foram selecionados e, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, 24 foram eliminados, restando 11 estudos na presente revisão. O uso de anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais ainda são a primeira escolha de tratamento nesses quadros, todavia, em casos refratários o uso do metrotexato e hidroxicloroquina, por 6 meses, tem sido utilizado com boa resposta terapêutica. Novas drogas têm sido administradas, quando associado a outras co-morbidades reumatológicas, dentre elas a ribavirina, fosfato de cloroquina e colchicina. Outros métodos terapêuticos estão em estudos, como o uso de ultrassonografia associado a laser infravermelho e o tratamento com Serpinb6b, um inibidor da granzima A circulante. Todavia, todos os métodos devem ser associados ao tratamento fisioterápico e funcional. As novas propostas terapêuticas têm sido importantes para o restabelecimento da qualidade de vida desses pacientes, principalmente quando existe um acompanhamento multidisciplinar. Foi evidenciado que para evitar maiores sequelas artrálgicas deve-se considerar consultas reumatológicas o mais cedo possível. Portanto, a Febre Chikungunya ainda persistirá como uma infecção de difícil prevenção e controle, mesmo quando vacinas e tratamentos efetivos estiverem disponíveis.



Palavras-chaves:  Arboviroses, Febre Chikungunya Crônica, Tratamento