ABANDONO DO TRATAMENTO DE TUBERCULOSE EM SERGIPE
ERIKA DE LIMA VASCONCELOS 1,2, ISADORA RIBEIRO OLIVEIRA1,2, PAULO VÍTOR PIMENTEL1,2, SAMUEL LUCAS CALMON RODRIGUES1,2, KAROLINE ALVES DE ALMEIDA 1,2, VANESSA OLIVEIRA AMORIM1,2, ESTER BENCZ1,2, LÚCIO FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA JÚNIOR 1,2, AMANDA FERREIRA BARBOSA1,2, WESLLEY MEDEIROS GOIS 1,2, MÁRCIO CARNEIRO DE LIMA1,2, CLARISSA TEIXEIRA DOS SANTOS1,2, AÉCIO LINDENBERG FIGUEIREDO NASCIMENTO1,2, MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GOÉS 1,2
1. DMEL/UFS - DEPARTAMENTO DE MEDICINA DE LAGARTO - Universidade Federal de Sergipe, 2. LAIMT - Liga acadêmica de Infectologia e Medicina Tropical
erikalimav@gmail.com

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de um terço da humanidade está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, agente etiológico da Tuberculose, doença que causa aproximadamente 1,5 milhão de mortes anuais por ser de evolução crônica e debilitante, requerendo alguns meses de tratamento o que dificulta sua adesão. Endêmica na antiguidade desde o Egito antigo, chegou ao Brasil pelos colonizadores no século XV. Encontrou aqui fatores socioeconômicos favoráveis ao seu desenvolvimento, visto que a patologia está intimamente relacionada à baixa condição financeira e, no país, há mais de 50 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, uma população de risco significativa. Destaca-se dentre este contingente populacional a região Nordeste, cujos habitantes apresentam o menor rendimento médio mensal e o maior índice de GINI dentre os demais. Trata-se de um estudo analítico quantitativo sobre casos confirmados de tuberculose no Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN). Através de informações obtidas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) abrangendo casos confirmados de tuberculose entre 2008 e 2017, período de 10 anos, verificou-se que a região Nordeste é a segunda região com maior incidência do país – perdendo apenas para o Sudeste – com 238.743 casos confirmados nesse período, dentre os 866.517 casos nacionais (27,55%). Dentro do total de casos no Nordeste, 66,11% ocorreu em indivíduos do sexo masculino e 33,88% em indivíduos do sexo masculino. Houve também, nesse período, 4015 óbitos em função da doença (correspondente a 1,6% dos doentes), contudo aproximadamente 75% dos doentes estão na faixa etária de 20 a 59 anos, constituindo o ramo da população na plenitude da capacidade produtiva, o que demonstra o impacto da doença na região. Após a consulta dos postos de saúde para obter dados acerca de evasão da terapêutica da tuberculose, o resultado logrado foi discordante da literatura existente. Dessa forma, faz-se necessário uma maior investigação sobre a evasão da terapêutica, juntamente com a intensificação das campanhas de combate à tuberculose pulmonar, visando reduzir tal abandono, bem como a prevalência da doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, Mycobacterium tuberculosis, Pacientes Desistentes do Tratamento, Tuberculose