PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO CHAGÁSICA EM DOADORES DE SANGUE NO ESTADO DE SERGIPE
ESTER BENCZ1,2, VANESSA OLIVEIRA AMORIM1,2, RAFAEL DE SOUZA AGUIAR 1,2, ERIKA DE LIMA VASCONCELOS 1,2, LUIZ GABRIEL RIBEIRO DE ASSIS1,2, EDIVAN RODRIGO DE PAULA RAMOS1,2, WESLLEY MEDEIROS GOIS 1,2, LÚCIO FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA JÚNIOR 1,2, MÁRCIO CARNEIRO DE LIMA1,2, AMANDA FERREIRA BARBOSA1,2, AÉCIO LINDENBERG FIGUEIREDO NASCIMENTO1,2, KAROLINE ALVES DE ALMEIDA 1,2, CLARISSA TEIXEIRA DOS SANTOS1,2, MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GOÉS 1,2
1. DMEL/UFS - DEPARTAMENTO DE MEDICINA DE LAGARTO - Universidade Federal de Sergipe, 2. LAIMT - Liga acadêmica de Infectologia e Medicina Tropical
erikalimav@gmail.com

A doença de Chagas é uma patologia crônica de caráter sistêmico tendo como agente etiológico  Trypanosoma Cruzi . É a quarta doença infecto-parasitárias com maior letalidade no país, responsável por 12.000 mortes por ano. O Brasil apresenta taxa decrescente de descarte sorológico por Chagas, na década de 50 teve prevalência de 8,29%, entre nos anos 60 e 70 era de 6,96%, entre 1980 e 1990 reduziu para 3,17%. Já em Sergipe o último relato encontrado de soro prevalência da doença em doadores foi, na década de 80, de 5,97%. A taxa de descarte sorológico, embora não indique a prevalência da sorologia na população, tem importância no que se refere à qualidade do sangue coletado e dos hemocomponentes produzidos, bem como auxilia na análise da eficácia das medidas de controle vetorial. Dessa maneira o objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência de descarte das bolsas de sangue por sorologia positiva para Chagas no Hemocentro de Sergipe (Hemose) no período entre 2007 e 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal. Foram analisados os dados referentes ao resultado da sorologia para chagas nas doações ocorridas entre 2007 e 2016.  A soro prevalência encontrada nesse período foi de 0,17%, sendo maior no ano de 2007 (0,34%) e menor em 2015 (0,05%). Dessa a maior porcentagem corresponde ao sexo masculino e a faixa etária entre 55 a 59 anos (0,59%), a menor foi entre 25 e 29 anos (0,11%). A prevalência de Chagas entre o tipo de doador a maior foi nos doadores de reposição (0,19%). O tipo sanguíneo com maior descarte por essa sorologia foi o AB negativo (0,25%) e o menor foi O negativo. Conclui-se que o serviço apresenta a mesma tendência brasileira de decréscimo da prevalência da doença, bem como a maior taxa de inaptidão sorológica por Chagas entre os pacientes do sexo masculino. 



Palavras-chaves:  Doadores de sangue, Doença de Chagas , Triagem sorológica