PREVALÊNCIA DE INFECÇÃO CHAGÁSICA EM DOADORES DE SANGUE NO ESTADO DE SERGIPE |
A doença de Chagas é uma patologia crônica de caráter sistêmico tendo como agente etiológico Trypanosoma Cruzi . É a quarta doença infecto-parasitárias com maior letalidade no país, responsável por 12.000 mortes por ano. O Brasil apresenta taxa decrescente de descarte sorológico por Chagas, na década de 50 teve prevalência de 8,29%, entre nos anos 60 e 70 era de 6,96%, entre 1980 e 1990 reduziu para 3,17%. Já em Sergipe o último relato encontrado de soro prevalência da doença em doadores foi, na década de 80, de 5,97%. A taxa de descarte sorológico, embora não indique a prevalência da sorologia na população, tem importância no que se refere à qualidade do sangue coletado e dos hemocomponentes produzidos, bem como auxilia na análise da eficácia das medidas de controle vetorial. Dessa maneira o objetivo do presente trabalho foi determinar a prevalência de descarte das bolsas de sangue por sorologia positiva para Chagas no Hemocentro de Sergipe (Hemose) no período entre 2007 e 2016. Trata-se de um estudo epidemiológico observacional transversal. Foram analisados os dados referentes ao resultado da sorologia para chagas nas doações ocorridas entre 2007 e 2016. A soro prevalência encontrada nesse período foi de 0,17%, sendo maior no ano de 2007 (0,34%) e menor em 2015 (0,05%). Dessa a maior porcentagem corresponde ao sexo masculino e a faixa etária entre 55 a 59 anos (0,59%), a menor foi entre 25 e 29 anos (0,11%). A prevalência de Chagas entre o tipo de doador a maior foi nos doadores de reposição (0,19%). O tipo sanguíneo com maior descarte por essa sorologia foi o AB negativo (0,25%) e o menor foi O negativo. Conclui-se que o serviço apresenta a mesma tendência brasileira de decréscimo da prevalência da doença, bem como a maior taxa de inaptidão sorológica por Chagas entre os pacientes do sexo masculino. |