INTERNAÇÕES POR MICOSES NO BRASIL
JAMYLLE SOUZA RODRIGUES1,2, JULYANA DO CARMO SOUZA1,2, JÉSSICA KAROLINA SOUZA RODRIGUES1,2, ERIKA DE LIMA VASCONCELOS1,2, KAROLINE ALVES DE ALMEIDA 1,2, SAMUEL LUCAS CALMON RODRIGUES1,2, CLARISSA TEIXEIRA DOS SANTOS1,2, AÉCIO LINDENBERG FIGUEIREDO NASCIMENTO1,2, ESTER BENCZ1,2, AMANDA FERREIRA BARBOSA1,2, MÁRCIO CARNEIRO DE LIMA1,2, WESLLEY MEDEIROS GOIS 1,2, VANESSA OLIVEIRA AMORIM1,2, LÚCIO FLÁVIO FERNANDES DE OLIVEIRA JÚNIOR1,2, MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GOÉS 1,2
1. DMEL/UFS - DEPARTAMENTO DE MEDICINA DE LAGARTO - Universidade Federal de Sergipe, 2. LAIMT - Liga acadêmica de Infectologia e Medicina Tropical , 3. DENL - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM DE LAGARTO - Universidade Federal de Sergipe
erikalimav@gmail.com

Segundo a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NCBI), as micoses podem abranger desde infecções superficiais que envolvem a camada externa do estrato córneo da pele até infecções disseminadas que envolvem o cérebro, coração, pulmões, fígado, baço e rins. Estão incluídas no termo micoses as dermatofitoses, eporotricose, aspergilose, candidíase, histoplasmose, dentre outras. Este trabalho intenciona elucidar as características epidemiológicas das internações por micoses no Brasil. Trata-se de um estudo epidemiológico analítico-descritivo sobre casos classificados como Micoses pelo CID-10. As informações foram obtidas pelo Datasus (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), abrangendo dados sobre internações no Brasil entre 2008 e 2017, compreendendo 10 anos. Nos resultados, durante o período considerado, ocorreram 72.608 internações por micoses no Brasil. Destas, 39.929 (55%) foram do sexo masculino e 32.679 (45%) foram do sexo feminino. A média de permanência geral foi de 8,7 dias, sendo ligeiramente maior no sexo masculino (9,6 dias) do que no feminino (7,6 dias). A letalidade geral foi de 7,33%, a qual aumentava conforme a faixa etária, atingindo 21,9% nos maiores de 80 anos. O regime público foi responsável por 35.557 (48,9%) internações, o privado 26.713 (36,7%), sendo que a taxa de mortalidade foi maior no público (9,5%) em relação ao privado (4,5 %). A maioria dos casos foram em caráter de urgência, com 61.453 (84,6%). Cerca de metade das internações se concentrou na região Nordeste, com 36.822 (50,7%) casos. Em comparação com as demais, esta região apresentou a maior taxa de mortalidade (8,97%), sendo que a maior média de permanência foi na região norte (10 dias). O custo total por esta morbidade no Brasil foi de R$ 76.315.832,19 ao longo destes 10 anos. Com base nos dados evidenciados na pesquisa, percebe-se que a mortalidade é bastante significativa e que muitos casos chegam aos serviços de saúde em caráter de urgência. Torna-se então necessário que haja uma intensificação do reconhecimento e da intervenção precoce desta enfermidade para os indivíduos acometidos, antes que seja preciso a admissão nos serviços de urgência e que a mortalidade não seja tão expressiva.



Palavras-chaves:  Dermatologia, Infectologia, Micoses