INCIDÊNCIA DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE EM PACIENTES HIV+ SUGERIDOS PELA ESCALA HOSPITALAR DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO (HAD) EM DOIS CENTROS DE SAÚDE DE SÃO LUÍS, MARANHÃO.
DARLENO DE SOUSA CAMELO 1, CONCEIÇÃO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO1, YASMIM ANDRADE FRANCO1, THIEGO CASTRO FORTES1, RANIERE VICTOR BRAGA NASCIMENTO1, JOUBERT MAURÍCIO ARAÚJO CANTANHEDE1, LUCAS VINICIUS OLIVEIRA CAMPOS1, CARLA DANIELLE ALMEIDA LIMA1, EMILLY DE JESUS GARCIA ATAÍDE1, ALINE MARIA DE LEMOS ARAUJO1, AMANDA SILVA GARCÊS FURTADO1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
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Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho e passa a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. A prevalência dos transtornos psíquicos, em especial a ansiedade, em pacientes HIV+ é sabidamente maior do que na população em geral, as circunstâncias que vêm com o diagnóstico, como a rejeição social, a perda de emprego, o preconceito, o afastamento dos amigos e a própria reação ao diagnóstico, como o medo de morrer, podem fazer com que a pessoa desenvolva um quadro de ansiedade. Alguns estudos sugerem uma possível relação entre a existência de transtornos de ansiedade e o nível de adesão dos indivíduos à TARV. Desse modo, a triagem de todos os pacientes HIV+ seria uma medida válida para a detecção precoce de possíveis transtornos mentais, oferecendo, assim, melhor qualidade de vida a esses indivíduos tanto no âmbito de saúde mental como, por consequência, pelos benefícios adquiridos através de uma adesão eficaz. Este estudo visa investigar a relação existente entre o conhecimento da infecção pelo vírus HIV e a saúde mental dos pacientes tratados em regime ambulatorial em duas instituições da cidade de São Luís-MA, a partir da análise da prevalência de sinais e sintomas indicativos de ansiedade determinados pelo instrumento HADS (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão), quando comparado aos demais usuários dos mesmos serviços de saúde. Ao todo, foram entrevistados 80 pacientes, metade dos quais HIV+. O diagnóstico tido como provável ou possível pela HADS, em paciente HIV+ é, respectivamente, 20% e 30% para quadro de transtorno de ansiedade. Em paciente HIV-, os números são de 35% e 17,5% respectivamente para diagnósticos prováveis ou possíveis. O sexo masculino tem scores médios de ansiedade menores que o feminino tanto nos pacientes HIV+ como nos HIV- e também quando avaliado todos os pacientes que comporam a amostra de estudo. Há, portanto, a necessidade de suscitar a reflexão dos gestores de saúde sobre o assunto, a fim de melhorar a adesão ao tratamento, a sobrevida de tal população, e diminuir o risco da transmissibilidade do HIV, validando essa discussão e beneficiando a sociedade como um todo.



Palavras-chaves:  ANSIEDADE, HIV, SAÚDE MENTAL