ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS E TAXA DE INCIDÊNCIA DE HIV+ POR FAIXA ETÁRIA NA POPULAÇÃO MARANHENSE ENTRE 2007 E 2017. |
A infecção pelo vírus HIV permanece coberta por preconceitos e estereótipos, ainda que hoje a ideia de grupos de risco não tenha mais validade. Entretanto, a maior longevidade da população, o aumento da qualidade de vida na terceira idade e a recusa quanto ao uso de preservativos associados à adoção de outros comportamentos de risco tem provocado um aumento de casos acima dos 50 e dos 60 anos. Nesse sentido, o conhecimento das taxas de incidência e de diagnóstico da infecção ao longo do tempo são informações vitais para o desenvolvimento e condução de estratégias de saúde pública com alcance mais abrangente e eficaz. Neste trabalho, foram levantados, junto a Vigilância Sanitária, dados de diagnóstico de HIV na população do estado do Maranhão, no período de 2007 a 2017, e calculadas as taxas de incidência anuais por faixa etária. O número de diagnóstico aumentou 80,5% na população geral do estado na comparação entre 2017 e 2007, sendo que as faixas etárias com maior crescimento foram os indivíduos entre 45 a 59 anos (122%) e na população com idade maior que 60 anos (207%) no mesmo período. Positivamente, observa-se que o padrão de crescimento do número de diagnóstico começa a demonstrar um padrão de redução nos indivíduos com mais de 60 anos a partir de 2015 (redução de 28,3%) e que ocorreu uma queda de 90,9% dos diagnósticos na população menor que 5 anos de idade em comparação a 2007, sinalizando uma redução da transmissão vertical. Os resultados indicam a necessidade de incluir pacientes com maior faixa etária como vulneráveis nas campanhas de conscientização e combate a infecção do HIV. Além de reforçar juntos aos profissionais de saúde a necessidade do acolhimento e atendimento dos pacientes idosos, visando o abandono de antigos paradigmas e incluindo as ISTs como possíveis alternativas de investigação e diagnóstico. |