ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS E TAXA DE INCIDÊNCIA DE HIV+ POR FAIXA ETÁRIA NA POPULAÇÃO MARANHENSE ENTRE 2007 E 2017.
DARLENO DE SOUSA CAMELO 1, CONCEIÇÃO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO1, YASMIM ANDRADE FRANCO1, LUCAS VINICIUS OLIVEIRA CAMPOS1, AMANDA SILVA GARCÊS FURTADO1, ALINE MARIA DE LEMOS ARAUJO1, EMILLY DE JESUS GARCIA ATAÍDE1, CARLA DANIELLE ALMEIDA LIMA1, JOUBERT MAURÍCIO ARAÚJO CANTANHEDE1, THIEGO CASTRO FORTES1, RANIERE VICTOR BRAGA NASCIMENTO1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
leno.camelo@gmail.com

A infecção pelo vírus HIV permanece coberta por preconceitos e estereótipos, ainda que hoje a ideia de grupos de risco não tenha mais validade. Entretanto, a maior longevidade da população, o aumento da qualidade de vida na terceira idade e a recusa quanto ao uso de preservativos associados à adoção de outros comportamentos de risco tem provocado um aumento de casos acima dos 50 e dos 60 anos. Nesse sentido, o conhecimento das taxas de incidência e de diagnóstico da infecção ao longo do tempo são informações vitais para o desenvolvimento e condução de estratégias de saúde pública com alcance mais abrangente e eficaz. Neste trabalho, foram levantados, junto a Vigilância Sanitária, dados de diagnóstico de HIV na população do estado do Maranhão, no período de 2007 a 2017, e calculadas as taxas de incidência anuais por faixa etária. O número de diagnóstico aumentou 80,5% na população geral do estado na comparação entre 2017 e 2007, sendo que as faixas etárias com maior crescimento foram os indivíduos entre 45 a 59 anos (122%) e na população com idade maior que 60 anos (207%) no mesmo período. Positivamente, observa-se que o padrão de crescimento do número de diagnóstico começa a demonstrar um padrão de redução nos indivíduos com mais de 60 anos a partir de 2015 (redução de 28,3%) e que ocorreu uma queda de 90,9% dos diagnósticos na população menor que 5 anos de idade em comparação a 2007, sinalizando uma redução da transmissão vertical. Os resultados indicam a necessidade de incluir pacientes com maior faixa etária como vulneráveis nas campanhas de conscientização e combate a infecção do HIV. Além de reforçar juntos aos profissionais de saúde a necessidade do acolhimento e atendimento dos pacientes idosos, visando o abandono de antigos paradigmas e incluindo as ISTs como possíveis alternativas de investigação e diagnóstico.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, HIV, Idosos