AVALIAÇÃO DO USO DE ISCAS AÇUCARADAS (ASB) PARA DISPERSÃO DO REGULADOR DE CRESCIMENTO, PIRIPROXIFENO, PARA CONTROLE DE Aedes aegypti (DIPTERA: CULICIDAE)
ALYNE CUNHA ALVES DIAS 1, ALEXANDRE DE ALMEIDA E SILVA1
1. UNIR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
alyne.c.alves@hotmail.com

O Aedes aegypti é um importante vetor de arboviroses no Brasil e devido isso tem-se investido em métodos alternativos de controle, entre eles o uso de larvicida à base de piriproxifeno (PPF), combinado à Iscas atraentes açucaradas tóxicas (ATSB). Dessa forma, a integração desses métodos, combinando o comportamento de repouso e busca por alimentação açucarada pode ser uma forma adicional para dispersão do PPF. Este estudo investigou o efeito da adição de PPF a Iscas Atrativas Açucaradas (ASBs) na emersão e na reprodução de Ae. aegypti . A impregnação de PPF nos tarsos de fêmeas de Ae. aegypti foi realizada por 24h, utilizando-se gaiolas contendo ASB e polvilhado com PPF em suas as paredes. Como controles, utilizou-se um copo limpo, e um segundo controle utilizou-se a isca ASB (sem PPF), que foi impregnada nas paredes da gaiola. A proporção de emersão de adultos foi estimada através da transferência de piriproxifeno para um substrato. As fêmeas oriundas do tratamento ou controles foram mantidas por 1h em gaiolas contendo os substratos (papel filtro seco, papel filtro úmido, copo contendo água). Estes foram inseridos em potes descartáveis contendo 500 ml de água, com 25 larvas, sendo em duplicata para cada substrato (tratamento e controles). Os efeitos sobre a sobre a fecundidade e fertilidade das fêmeas que tiveram contato direto com PPF também foi avaliada através do número de ovos produzidos e da eclosão larval. Houve efeito significativo na redução da proporção de emersão no tratamento Polvilhado, sendo a proporção de emersão de 0,5 enquanto que para controle Copo Limpo foi de 0,99 e para ASB foi de 1, porém não houve influência dos substratos sobre essa variável. Em relação à reprodução, o contato de fêmeas com ATSB polvilhado reduziu o número de ovos produzidos.  Foram produzidos em média, cerca de 22 ovos para o tratamento. Em relação ao controle copo limpo a média de ovos foi 42 e para o controle ASB a média de ovos produzidos foi de 54. De forma geral, a eclosão larval foi baixa mesmo nos grupos não tratados com PPF. O Controle copo limpo apresentou uma média de 4,7 larvas e no controle ASB foi de 2 larvas e para o tratamento ATSB polvilhado observou eclosão de 0,07. Em geral, os estudos avaliam o efeito da aplicação direta do PPF na emersão de mosquitos e há relatos de resultados promissores quanto a esterilização de fêmeas. O uso das ATSBs polvilhadas com substratos contendo PPF permitiu sua dispersão e também a redução da fecundidade das fêmeas.



Palavras-chaves:  Controle de mosquito, Iscas tóxica, Reguladores de crescimento de insetos, Piriproxifeno