Avaliação dos patotipos de Escherichia coli isolados entre 2012 e 2017 no Brasil quanto à virulência e resistência antimicrobiana |
Escherichia coli é um dos microrganismos mais comuns da microbiota intestinal humana e animal. A maioria das cepas são comensais, entretanto outras, com base em mecanismos de virulência específicos têm sido implicadas em uma ampla gama de doenças que afetam seres humanos e animais a nível mundial, como as E. coli diarreiogências – DEC. No presente estudo, buscou-se avaliar a presença de marcadores específicos de virulência em 3011 cepas de E. coli, isoladas de fontes humanas (1651), animais (876), ambientais (290) e de alimento (194), recebidas pelo LRNEB/IOC/FIOCRUZ para diagnóstico conclusivo, no período de 2012 a 2017. As cepas foram submetidas a identificação bioquímica, avaliadas através de Reação em Cadeia de Polimerase – PCR para a presença dos genes de virulência lt, st, ial, stx1, stx2, eagg e eae A e, os perfis de resistência foram determinados em 2431 cepas, através da técnica de disco difusão, de acordo com CLSI, empregando 12 antimicrobianos representativos de sete classes. No cômputo geral, os maiores percentuais de virulência foram observadas para os genes eagg (5,5% – 165 cepas), stx 2 (5,3% – 160 cepas), eae A (4,5% – 137cepas), lt (3,6% – 110 cepas) e stx 1 (2,3% – 69 cepas), enquanto os maiores percentuais de resistência foram observados para TCY (28% – 682 cepas), SXT (24,8% – 602 cepas), STR (22,3% – 541 cepas), AMP (21% – 510 cepas) e NAL (16,9% – 412 cepas). Foi observado perfil de Multirresistência a drogas – MDR em 665 cepas (27,4%). Ressalta-se necessária uma constante vigilância de agentes diarreiogênicos através da caracterização genotípica da virulência bem como do monitoramento da suscetibilidade aos antimicrobianos. |