DETECÇÃO DO GENE MCR-1 EM CEPAS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE FONTE AMBIENTAL E ANIMAL ENTRE 2016/2017 NO BRASIL.
VERONICA DIAS GONÇALVES, ELIZABETH DOS PRASERES RODRIGUES, LUÍSA LIMA FESTIVO, MÁRCIA LIMA FESTIVO, BRUNO ROCHA PRIBUL , FERNANDA BARBOSA QUEIROZ, LUCIA HELENA BERTO, DALIA DOS PRAZERES RODRIGUES
1. LRNEB-FIOCRUZ - Laboratório de Referência Nacional em Enteroinfecções Bacterianas - Fundação Oswaldo Cruz , 2. MS/ SVS/ CGLAB - Ministério da Saúde/Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública/ Secretaria de Vigilância em Saúde
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Escherichia coli representam um grave problema de Saúde Pública devido à enorme capacidade de aquisição de genes de resistência para diferentes classes de antimicrobianos como carbapenêmicos, aminoglicosídeos e fluoroquinolonas, transferíveis intra e interespécies através de elementos móveis de resistência e, levando a necessidade de utilização de outras classes como as polimixinas. Foram descritos plasmídeos mediando resistência para colistina em cepas de Escherichia coli e outras enterobactérias de origem humana e animal através de genes pertencentes a família mcr ( mcr-1, mcr- 2, mcr- 3, mcr- 4 e mcr- 5). Procurou-se investigar a presença do gene mcr- 1 em 412 cepas de E. coli isoladas de fontes ambientais (237 ) e animais (175), recebidas entre maio/2016 e dezembro/2017 pelo LRNEB/IOC/FIOCRUZ, para diagnóstico conclusivo. As cepas foram inoculadas em ágar Ma cConkey co ntendo 2 m g/mL de colistina e, aquelas com crescimento positivo foram submetidas a Reação em Cadeia de Polimerase – PCR  e, 320 cepas foram submetidas a testes de suscetibilidade antimicrobiana – TSA, de acordo com CLSI, utilizando 12 antimicrobianos representativos de sete classes. Foi observado perfil de multirresistência em 49 cepas (15,3%), inclusive com associação de betalactâmicos de 3ª geração, aminoglicosídeos e fluoroquinolonas. No cômputo geral, 64 cepas apresentaram produtos de amplificação para o gene mcr -1, sendo 56,2% isoladas de fonte ambiental 53,1% com perfil multirresistente. Ressalta-se a importância do monitoramento de microrganismos portadores de importantes genes de resistência antimicrobiana, bem como o uso mais consciente de agentes antimicrobianos em humanos, na pecuária e em atividades agrícolas, o que pode contribuir para controlar a disseminação desses microrganismos em diferentes fontes e regiões do mundo.