DETERMINAÇÃO DOS CLONES DE S. HEIDELBERG DA CADEIA ALIMENTAR CIRCULANTES NO TERRITÓRIO NACIONAL.
BRUNO ROCHA PRIBUL 1, MARCELLE DA SILVA RODRIGUES1, LAURA FABIANA VIEIRA DO AMPARO1, RENATA GARCIA COSTA1, ELIZABETH DOS PRASERES RODRIGUES1, DALIA DOS PRAZERES RODRIGUES1
1. LRNEB-FIOCRUZ - 1Laboratório de Referência Nacional em Enteroinfecções Bacterianas - Fundação Oswaldo Cruz
bpribul@gmail.com

As salmoneloses não tifoidais são reconhecidas como causa comum de doenças transmitidas por alimentos (DTA) em humanos e representam um grave problema de saúde pública sendo uma das principais zoonoses em todo o mundo. Sua ocorrência é decorrente de suas características de endemicidade, alta morbidade e, sobretudo, devido à dificuldade da adoção de medidas no seu controle. Embora a maioria das infecções de Salmoneloses não-tifoidais sejam autolimitantes e se resolvam dentro de alguns dias, Salmonella ser. Heidelberg costuma apresentar um quadro oscilante que pode variar de uma leve diarréia a um quadro sistêmico grave que requerem terapia com medicamentos antimicrobianos . O aumento na casuística humana de casos de S. Heidelberg em surtos de origem alimentar, fortalece a necessidade de monitoramento constante na cadeia alimentar. Um total de 77 cepas de diferentes fontes de isolamento (44 de fonte alimentar, 15 de fonte animal, 10 de fonte humana e 8 de fonte ambiental) previamente caracterizadas por soroaglutinação rápida em lâmina como S. Heidelberg tiveram seu perfil similaridade gênica obtido pela técnica de eletroforese em campo pulsante (PFGE) digeridos pela enzima Xba I, e padrões calculados pelo coeficiente de Dice. Foram detectados 4 clusters distintos com 35 pulsotipos apresentando menos que 60% de homologia gênica. Com relação à região de isolamento a maioria dos isolados foram detectados na região sul (61/77) seguido da região sudeste (13/77) e centro oeste (3/77). Não foram evidenciados isolados nas regiões norte e nordeste do país. O maior pulsotipo detectado apresentou 14 isolados, sendo estes identificados com maior frequência na região Sul (11/14), seguido da região Centro-Oeste (2/14) e Sudeste (1/14). Quanto à fonte de isolamento 57,1% dos clones foram oriundos de isolados humanos (8/14), 28,6% de isolados ambientais (4/14) e 7,1% de isolados de origem alimentar (1/14) e animal (1/14).  Após sua primeira identificação em 1999 (1/14) este clone foi detectado novamente em 2009 (5/14), 2010 (6/14) e 2011 (2/14). Desde a primeira identificação de perfil clonal em 1995, na região Sul, pode-se perceber um aumento substancial de pulsotipos circulantes durante os últimos anos sendo estes distribuídos por diferentes origens de isolamento e em regiões distintas do país demonstrando a elevada circulação de clones, fato este que reforça a problemática e a importância de manutenção de um constante monitoramento deste sorovar no território nacional.



Palavras-chaves:  Salmonella Heidelberg, Doenças Transmitidas por Alimentos, PFGE