DM1: AS ENTEROVIROSES CONTRIBUEM EM SUA PROGRESSÃO?
LUANA MARIA NOGUEIRA BEZERRA TAVARES 1, JOSÉ ESPÍNOLA DA SILVA NETO1, ARNALDO ALVES DE MENDONÇA1, BRUNA HOLANDA CARVALHO GALVÃO1, CLECIA NUNES BEZERRA1, CARLOS ALBERTO DE LIMA JUNIOR1, IAN BARBOSA MOTA1, JÚLIA LOPES DE CASTRO1, LAIZ MARIA MEDEIROS LINS1, LÍVIA GOMES RIBEIRO1, MONIQUE VIVIANE GALVÃO ALBUQUERQUE1, MÚCIO LINS CAVALCANTI1, KAMILA MARIA QUIXADÁ LIRA1, THAIS FERREIRA GÊDA1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas, 3. CESMAC - Centro Universitário Cesmac, 4. UFAL - Universidade Federal de Alagoas
llu_nogueira@hotmail.com

O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune decorrente da degradação seletiva das Células Beta Pancreáticas (CBP). Há indícios da contribuição genética, imunológica e ambiental em sua progressão. Quanto às influências ambientais-infecciosas, estima-se a relação das Infecções por Enterovírus (IEV) diabetogênicos como contribuintes do processo autoimune de progressão à DM1. Buscou-se elucidar as influências imunopatológicas das IEV diabetogênicos na progressão do DM1. Corresponde a um estudo quantitativo secundário descritivo do tipo revisão de literatura integrativa, elaborado a partir das bases de dados Pubmed, Lilacs e Scielo. Foram utilizados na pesquisa bibliográfica os descritores “Diabetes”; “enterovirus” e “type 1” junto com os descritores booleanos “AND”. Foram encontrados 293 e após prévia seleção desses por títulos, esse número foi reduzido para 15, dos quais 278 foram excluídos com base nos seus resumos. Os artigos foram incluídos com base em sua publicação nos últimos (15 anos, nas línguas inglês, espanhol e português). Desse modo, foi observado que as IEV do tipo “não diabetogênico”, como o poliovírus, são menos prevalentes em locais onde as incidências de DM1 são mais altas, à exemplo da Finlândia, sugerindo, por meio de imunização cruzada, o reconhecimento de antígenos enterovirais similares – um indício de sensibilização prévia pelo tipo diabetogênico – principalmente em jovens. Em destaque, ainda, o DM1 consta como a maior afecção endocrinológica em crianças em todo o mundo. Após as IEV diabetogênicos, a resposta imune inflamatória leva à perda da tolerância funcional desencadeando potencialmente a destruição das CBP e propiciando o desenvolvimento da DM1. Imunologicamente, a auto-imunidade pode surgir mediante: ao recrutamento do sistema mononuclear por lise direta das CBP; a mecanismos de mimetismo molecular; à ativação inespecífica (bystander activation); e à persistência do vírus no pâncreas, com ampla produção de interferon alfa. Por tudo isso, a incidência do DM1 tem aumentado globalmente, logo, os custos de saúde pública relacionados as complicações dessa condição crônica são crescentes. Faz-se necessário a pesquisa em métodos que busquem diminuir essa estatística. Portanto, durante a análise dados epidemiológicos do DM1 em relação à IEV diabetogênicos, é possível afirmar que o investimento em métodos de diagnóstico precoce, possibilitaria uma queda na incidência do DM1.



Palavras-chaves:  Diabetes Mellitus Tipo 1, Enterovírus, Infecções por Enterovírus