ARBOBIOS: AVALIAÇÃO DA PRIMEIRA COORTE PROSPECTIVA LONGITUDINAL DE PACIENTES COM DOENÇA POR ARBOVIROSES AGUDA E DENGUE COM SINAIS DE ALARME ATENDIDOS NA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO DE NOVA SERRANA – MINAS GERAIS, BRASIL
ERIKA REGINA MANULI 1, FERNANDA CRISTINA ALCÂNTARA1, GEOVANA MARIA PEREIRA1, CLAUDIA DI LORENZO OLIVEIRA1, CLARECI CARDOSO1, CAROLINA DOS SANTOS LAZAR1, EMÍLIO BRIGNOLI1, GLAUCIA PARANHOS-BACCALÀ1, ESTER CERDEIRA SABINO1
1. LIM-46-HC-FMUSP - Laboratório de Investigação Médica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 2. IMT-USP - Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo, 3. BMX - bioMérieux S.A, 4. UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei, 5. FMUSP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 6. UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei, 7. HCFMUSP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
erikamanuli@gmail.com

Para a identificação e validação de biomarcadores preditivos dos desfechos desfavoráveis como: dengue grave, doença articular inflamatória crônica pós-chikungunya e doença neurológica derivada de infecção congênita por ZIKV, projeto ARBOBIOS, iniciamos a constituição de coortes prospectivas longitudinais de pacientes com suspeita de doença aguda causada por arbovírus (DAA) e dengue com sinais de alarme. Esse projeto visa caracterizar todas as amostras coletadas utilizando para isso os marcadores proteicos e imunológicos com o intuito de confirmar a infecção aguda e identificar o arbovírus envolvido, categorizar os pacientes de acordo com a gravidade da doença. Todos os pacientes foram entrevistados e clinicamente avaliados conforme um formulário de registro de caso (FRC) contendo as seguintes informações: sexo, idade, raça, febre, local de residência, antecedentes obstétricos e data da última menstruação (mulheres), história pregressa de DAA confirmada, história vacinal, antecedentes patológicos, medicamentos de uso regular, data do início dos sintomas, sinais de melhora ou piora, presença de sinais de alerta. Foram colhidos espécimes clínicos nesta ocasião. Inicialmente todas as amostras foram avaliadas por testes rápidos Dengue NS1 e Dengue IgM/IgG. Pacientes com dengue positiva foram informados imediatamente. Pacientes negativos para os testes rápidos foram avaliados por PCR para obtenção do diagnóstico de chikungunya (CHIKV) e zika (ZIKV) em caso de gestantes. As amostras foram testadas por testes rápidos Dengue IgM/IgG e NS1, ELISA Dengue IgM e NS1 e PCR DENV e CHICK. Foram incluídos 112 pacientes e 108 com suspeita de DAA durante o período de maio e junho de 2018. Desses 108 pacientes com suspeita de DAA, a média de idade foi de 31,39 e 50% eram do sexo masculino. 33 dos 108 pacientes com suspeita de DAA foram positivos para os testes rápidos Dengue NS1 (n=13) e Dengue IgM (n=13) sendo que 4 confirmados em ambos os testes Dengue e 3 positivos para PCR DENV. Desses 33 pacientes confirmados por teste rápidos ou PCR DENV, 9 apresentaram DENV sinais de alarme e foram positivos nos exames clínicos e laboratoriais. O primeiro semestre de 2018 apresentou uma baixa incidência de casos com arboviroses no Brasil. Iniciamos nosso projeto buscando casos de DENV e DENV com sinais de alarme em Minas Gerais. Para que o projeto ARBOBIOS evolua rapidamente, estamos ampliando nossas coortes e buscando colaborações em estados do Brasil com alto índices epidêmicos.



Palavras-chaves:  coorte , formulário de registro de caso, diagnóstico