PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE PELO VÍRUS INFLUENZA NO MUNICÍPIO DE GOIÂNIA, DE 2013 A 2017
ADRIANA MAGALHÃES DA SILVA 1,3,2, SHEILA ARRUDA SANTOS ARAÚJO1,3,2, DIVÂNIA DIAS DA SILVA FRANÇA1,3,2, LUIZ HENRIQUE DE ALMEIDA SILVA1,3,2, LEANDRO NASCIMENTO DA SILVA1,3,2, LAURA BRANQUINHO DO NASCIMENTO1,3,2, FLUVIA PEREIRA AMORIM DA SILVA1,3,2
1. SMS GOIÂNIA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE GOIÂNIA- GO, 2. UFG GO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, 3. LACEN GO - LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA DR. GIOVANI CYSNEIROS
adrianamagalhaes202@gmail.com

O vírus influenza pertence à família Ortomixiviridae , possui quatro tipos distintos (A, B, C e D) e alguns deles são capazes de provocar infecção aguda do sistema respiratório. Tem como características distribuição global e alta transmissibilidade, sendo os vírus influenza A e B de maior potencialidade para causar epidemias. O objetivo do presente estudo foi conhecer o perfil epidemiológico dos casos de SRAG com positividade pelo vírus influenza na cidade de Goiânia-GO. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, obtidos através de dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) Influenza Web do ano de 2013 a 2017. No período analisado foram notificados 873 casos de SRAG, dos quais 210 apresentaram confirmação laboratorial para infecção pelo vírus influenza, desses, o vírus influenza A (H1N1)pdm2009 foi detectado em 64,7% dos casos, em 16,6% detectou-se o subtipo H3 sazonal e 13,8% o influenza B, adicionalmente, 3,8% foram classificados como influenza A não subtipado. Verificou-se que no ano de 2017 houve uma baixa frequência da identificação do vírus influenza A (H1N1)pdm2009, já o vírus influenza A H3 sazonal representou 66,6% da positividade. Diferentemente, no 2016 observou-se um perfil epidêmico para o vírus influenza A (H1N1)pdm2009, totalizando 99 casos confirmados por critério laboratorial, sendo que esse quantitativo foi o mais expressivo nessa série histórica. A faixa etária dos indivíduos adultos jovens (20 a 59 anos) representou cerca de 59,0% do total de casos notificados. Histórico de vacinação contra influenza nos últimos 12 meses foi reportada por 30,0% e cerca de 82,3% fizeram o tratamento com o antiviral. Aproximadamente, 22,3% necessitaram de ventilação invasiva, 37,6% foram internados em UTI e 25,2% evoluiram para o óbito. Diante do exposto, verificamos que nos anos com detecção predominante do vírus influenza A (H1N1)pdm2009 houve tendência a picos epidêmicos e que indivíduos adultos jovens representaram uma quantidade expressiva nessa série histórica.



Palavras-chaves:  INFLUENZA A , PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, VIGILÂNCIA