LEISHMANIOSE VISCERAL E TEGUMENTAR: QUAL DAS LEISHMANIOSES É O MAIOR ENTRAVE PARA ALAGOAS?
LAÍS RYTHOLZ CASTRO 1, FLAVIA EMANUELLY ALVES FRANÇA GOMES1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, MÔNICA MELO GOMES DO NASCIMENTO1, ANNA CAROLINE GUIMARÃES GOMES1, ISABELA PORTO RIBEIRO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes
flavinha-emanuelly@hotmail.com

A leishmaniose é considerada um grande entrave na saúde pública brasileira e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das seis doenças infecto-parasitárias de maior importância, quando não diagnosticada precocemente pode levar a óbito. Tanto a Leishmaniose Visceral (LV) quanto a Tegumentar Americana (LTA) são transmitidas pelo protozoário do gênero Leishmania , contudo, por espécies diferentes. A LTA em seus aspectos sintomáticos, apresenta principalmente lesão de pele e mucosa e tem como meio de transmissão a picada de insetos infectados. A LV é transmitida pela picada das fêmeas da espécie Lutzomyia longipalpis (principal) de insetos flebotomíneos infectados pela Leishmania chagasi e apresenta sintomas e sinais comuns para outras infecções, como febre, fadiga, perda de peso, hepatoesplenomegalia, inapetência. De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), de 2013 a 2017 foram notificadas 177 ocorrências da LV enquanto a LTA foi de 327 notificações no estado de Alagoas no mesmo período de tempo. Sendo assim, nota-se que a parasitose que acomete a pele e mucosa dos indivíduos tem uma prevalência maior comparado a LV. Esse fato pode ser explicado por fatores relacionados diretamente com as condições socioeconômicas da população e aos aspectos geográficos da região. Esse estudo busca explanar acerca das leishmanioses e identificar a maior prevalência de uma sobre a outra. Foi realizado um estudo transversal retrospectivo a partir de uma avaliação detalhada do banco de dados no SINAN, referente à Leishmaniose Visceral e Tegumentar em Alagoas, nos anos entre 2013 a 2017, além de pesquisa de revisão bibliográfica em artigos disponíveis na base do Scielo. Como resultado, identificamos que a com maior frequência é a LTA. Perante o conteúdo abordado e os dados expostos pode-se concluir a grande necessidade de avaliar o ambiente em que o indivíduo está inserido para que a partir disso encontre-se medidas resolutivas para a situação de Alagoas em relação à Leishmaniose Tegumentar. Somado a isso, é um modo de chamar atenção das instituições de saúde e levar um questionamento sobre de que maneira o cenário atual do estado de Alagoas pode ser revertido a partir de uma observação mais local, considerando os aspectos biopsicossociais.



Palavras-chaves:  biopsicossocial, entrave, leishmaniose tegumentar americana, leishmaniose visceral