PERFIL DA OCORRÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS NÃO CLASSICAMENTE OPORTUNISTAS EM PACIENTES COM HIV EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA PARA DOENÇAS INFECCIOSAS EM MACEIÓ – AL
MARCUS VINÍCIUS DE ACEVEDO GARCIA GOMES 1, FLAVIANA SANTOS WANDERLEY1, FERNANDO LUIZ DE ANDRADE MAIA1, ANNA AMELIA DE PAULA MORAES1, JOSENILDO FRANCISCO DA SILVA1
1. UNCISAL - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
marcusvacevedo@gmail.com

Introdução: No Brasil, em 2014, estima-se que cerca de 734.000 pessoas conviviam com o Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV), com prevalência de HIV estimada entre 0,4 – 0,7% da população nacional. Nesse contexto, as infecções parasitárias intestinais são associadas à manifestação ou presença de várias intensidades de diarreia em indivíduos imunocomprometidos. Particularmente, as infecções oportunistas por enteroparasitos são encontradas em 30-60% dos pacientes soropositivos em países desenvolvidos e 90% nos países em desenvolvimento. Observa-se, porém, carência literária acerca das demais parasitoses intestinais (além das classicamente e mais frequentemente oportunistas: criptosporidíase, isosporíase e microsporíase) nessa população, bastante comum em nosso meio. Objetivo: Obter a prevalência de parasitoses intestinais, com ênfase nas não  classicamente oportunistas, pacientes com HIV internados na enfermaria do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto em Maceió – AL. Desenho do estudo: Trata-se de um estudo individuado, observacional e transversal (estudo de prevalência). Métodos: Os pacientes internados na enfermaria do Hospital Escola Dr. Hélvio Auto (Maceió – AL) com o diagnóstico prévio de HIV foram convidados a participar da pesquisa, respondendo a questionário aplicado pelos pesquisadores e coletando uma amostra de seu material fecal para análise coproparasitológica futura. Resultados: Um total de 81 indivíduos concordou em participar da pesquisa integralmente. Desses, um total de 32 (39,5%) foi diagnosticado com alguma parasitose intestinal, sendo 21 (25,9%) amostras com parasitos não oportunistas e patogênicos. Dessas, 7 amostras foram positivas para Strongyloides stercoralis , seguidas de: 6 para Entamoeba histolytica ; 5 com ancilostomídeos; 3 com Schistosoma mansoni e 2 com Giardia lamblia . Discussão: Diante dos dados do estudo e o que é encontrado na literatura, observou-se menor prevalência do primeiro. Ainda, encontrou-se diferente perfil das parasitoses encontradas mais frequentemente. De acordo com estudo nacional, a ascaridíase e giardíase figurariam em primeiro e segundo lugares, respectivamente. Conclusão: Observa-se, diante do estudo, necessidade de rastreio geral para parasitoses intestinais, aliada ao tratamento precoce e medidas preventivas, principalmente nos indivíduos infectados pelo HIV.



Palavras-chaves:  Doenças parasitárias, Infecções oportunistas, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida