PERFIL DE NOTIFICAÇÃO DOS CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DO MARANHÃO NO PERÍODO DE 2012 A 2017
LARA POLYANA SILVA RAMOS 1, LIANA MOREIRA MAGALHAES1, SUSANA RAQUEL DOS SANTOS FERREIRA1, MARIA CLARA DA SILVA SOARES1, MARYANA MATIAS PAIVA DE LIMA1, TAINARA MELO LIRA1, CARLA LORENA SILVA RAMOS1, TAIRINE MELO COSTA1, EVALDO HIPOLITO DE OLIVEIRA 1
1. UFPI - Discente no curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí , 2. UFPI - Residente em Doenças Parasitárias do Hospital Veterinário , 3. UFPI - Docente no curso de Farmácia da Universidade Federal do Piauí
lara_poliana@hotmail.com

A sífilis é uma doença infecto contagiosa crônica que atinge 12 milhões de pessoas por ano no mundo. O presente estudo teve como objetivo traçar a epidemiologia da sífilis gestacional no estado do Maranhão, notificadas no SINAN no ano de 2012 a 2017. O formulário de notificação de sífilis em gestantes contemplou as variáveis idade e classificação clínica da sífilis. É possível observar o aumento do número de notificações ao longo dos anos, pois passou de 255 casos relatados em 2012 a 955 casos em 2017. Por meio dos dados obtidos, foi possível verificar um total de 4090 mulheres com diagnóstico de sífilis na gestação no período de estudo entre 2012 e 2017, o que demonstra um acréscimo na frequência desses números ao longo dos anos em ambos os parâmetros analisados com exceção do ano de 2016, o qual apresentou um certo decréscimo de notificações. As mulheres de 20 a 39 anos são as mais acometidas com sífilis gestacional, podendo ser observado o maior número de notificações em todos os anos analisados dentro dessa mesma faixa etária, o que representa menores índices no ano de 2012 com 67,8% e maiores índices no ano de 2015 com 72,7% do total de casos dentre todas as idades nesse mesmo ano. O segundo maior número de notificações é encontrado em adolescentes de 15 a 19 anos, com maiores notificações no ano de 2014 em comparação com as outras faixas etárias desse mesmo ano. O maior número de notificações encontra-se na fase primária da doença, onde no ano de 2017 houve maior número de registros nessa fase ao longo da série histórica estudada, apresentando 527 novos casos dentre as formas que a doença pode se manifestar. Também é possível observar que há um grande número de casos ignorados, ou seja, que não tem informação quanto a classificação clínica das gestantes, atingindo 45 casos no ano de 2012 e chegando a 382 casos em 2015 tendo em vista a relação feita proporcionalmente em cada ano. A análise dos dados de sífilis em gestantes no Maranhão revela que a contaminação é mais prevalente na forma primária na faixa etária de 20 a 39 anos de acordo com a série histórica pesquisada de 2012 a 2017. Para eliminação da sífilis em gestantes, é necessário que haja educação da população, dos profissionais de saúde e aperfeiçoamento da gestão governamental por meio da realização de atividades educativas individuais e coletivas para acompanhamento das gestantes em adesão ao tratamento e uso regular do preservativo nas relações sexuais.



Palavras-chaves:   Epidemiologia, Gestacional, Piauí, Sífilis