ABORDAGEM DA SÍFILIS CONGÊNITA NO MUNICÍPIO DO PAULISTA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
JULIANE RAQUEL MIRANDA DE SANTANA2, ISABÔ ÂNGELO BESERRA 2, YASMIM TALITA DE MORAES RAMOS2, ANA MÁRCIA DRECHSLER RIO2, HEMILLY RAYANNE FERREIRA DA SILVA2, ANGELICA XAVIER DA SILVA2, MARIA ISABELLE BARBOSA DA SILVA BRITO2, LAYS HEVÉRCIA SILVEIRA DE FARIAS 2, RAFAELY MARCIA SANTOS DA COSTA2
1. IAM - Instituto Aggeu Magalhães, 2. UPE - Universidade de Pernambuco, 3. SMSP - Secretaria Municipal de Saúde do Paulista
isabo-angelo@hotmail.com

Apesar da sífilis ser uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis de fácil diagnóstico e manejo clinico, a prevalência de transmissão vertical ainda é alta, comparado com as metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde na tentativa de erradicação da transmissão no binômio materno-fetal. No período entre 2011 e 2018 foram notificados 301 casos de Sífilis Congênita no Município de Paulista. Destes casos notificados, 99,6% ocorreram em neonatos. Objetivou-se investigar a incidência da sífilis congênita no município de Paulista e analisar as causas para sua alta prevalência, bem como realizar intervenções de saúde a partir do resultado das investigações. O trabalho foi realizado e sistematizado em três etapas: utilização da ficha de investigação dos casos de transmissão vertical da sífilis, visitas domiciliares às puérperas e lactentes que foram acometidas por sífilis no período gestacional e seus neonatos, e discussão dos casos com as equipes de Atenção Básica do município do Paulista. Foram selecionados 11 casos notificados no ano de 2018, realizado a investigação da transmissão vertical da sífilis congênita, e a partir da investigação foi garantido o fluxo de encaminhamento, auxiliando na reorientação desses usuários para acompanhamento e tratamento da sífilis na rede do município do Paulista. A discussão desses casos ocorreu com os profissionais responsáveis pela assistência da área adstrita de cada paciente. A partir dessas experiências, foram discutidas as melhores formas para o manejo clinico,o tratamento dos parceiros, a profilaxia no recém-nascido bem como o acompanhamento integral para a cura dessa patologia. Este tipo de abordagem garantiu a identificação de fragilidades,propagou informações sobre a sífilis entre profissionais e usuários, estimulando a co-participação dos atores envolvidos neste processo.Concluiu-se que através da realização destas ações, as puérperas, lactantes e profissionais de saúde passaram a entender melhor todo o funcionamento do manejo clinico para o tratamento da sífilis e sífilis congênita, onde foi observado a sensibilização dos parceiros para o tratamento completo da sífilis. Experiências como esta buscam minimizar a incidência da sífilis bem como garantir o cuidado integral a pessoas acometidas por esta doença.



Palavras-chaves:  Doenças sexualmente transmissíveis, Educação em Saúde, Gestantes, Saúde pública, Sífilis Congênita