PERFIL DE PACIENTES PORTADORES DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM USO DE ANFOTERICINA B LIPOSSOMAL INTERNADOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE TERESINA-PI
TAINARA MELO LIRA1, MARIA CLARA DA SILVA SOARES1, NICOLLE LUZ MARTINS ROCHA1, SUSANA RAQUEL DOS SANTOS FERREIRA1, ALAN ANDRÉ DA COSTA CRUZ1, LIANA MOREIRA MAGALHÃES1, TAIRINE MELO COSTA1, PAULO PEDRO DO NASCIMENTO1
1. UFPI - Universidade Federal do Piauí
tainaralira@hotmail.com

Dentre os medicamentos disponibilizados pelo Ministério da Saúde para o tratamento de Leishmaniose Visceral (LV) encontra-se a anfotericina B lipossomal, uma opção terapêutica de menor potencial tóxico indicada para tratamento de um grupo especial de pacientes com LV. Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar o perfil dos pacientes portadores de Leishmaniose Visceral em tratamento com anfotericina B lipossomal nos meses de abril a maio de 2018 em um hospital de referência localizado na cidade de Teresina, Piauí. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva, com abordagem descritiva, realizada com base em fichas de solicitação de anfotericina B lipossomal, considerando-se a idade, sexo, município de residência, exame clínico, doenças associadas e critérios para indicação da anfotericina B lipossomal.  Foram realizadas 61 solicitações de tratamento com anfotericina B lipossomal para 54 pacientes com LV, com 74% dos casos correspondentes a pacientes do sexo masculino. As solicitações foram referentes a indivíduos residentes de 23 municípios dos estados do Piauí (73,2%) e Maranhão (26,8%), destacando-se em número de pacientes a capital Teresina (38,8%). Predominaram no estudo indivíduos adultos de 20 a 49 anos de idade (55,65%), seguido de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos (24,07%). Quanto às doenças associadas, houve predomínio de coinfecção por HIV/AIDS (66,20 %), classificando-se também como o principal critério de indicação do tratamento (31,5%) seguido dos critérios: idade maior que 50 anos (15,70%) e insuficiência renal (11,80%). A coinfecção por HIV/AIDS gera alterações no sistema imune que aceleram a evolução clínica do HIV e da LV. Portanto, diante da presença de comorbidades e outras condições, há uma grande propensão ao desenvolvimento de reações adversas nesses pacientes, além de falhas terapêuticas, recidivas e evolução para o óbito que reiteram a importância do monitoramento do tratamento a fim de evitar possíveis complicações e reduzir a mortalidade.



Palavras-chaves:  Anfotericina B Lipossomal, Leishmaniose Visceral, Tratamento