AVANÇOS E DESAFIOS NA ESTRUTURAÇÃO DA VIGILÂNCIA DE INFLUENZA EM PERNAMBUCO, 2013-2017
ALICE RODOVALHO DE SOUZA E SILVA 1, ANA ANTUNES FONSECA LIMA 1, GEORGE SANTIAGO DIMECH1, MARIA JOSÉ COUTO OLIVEIRA1, LÍLIAM VIEIRA DE BARROS LIMA1, BÁRBARA BEZERRA CAVALCANTI1, JURANDY JÚNIOR FERRAZ DE MAGALHÃES1, BRUNA RAFAELA LOURENÇO MIRANDA RAMOS1, PATRÍCIA RODRIGUES DE OLIVEIRA HAVER1, LICIANA XAVIER EURICO DE ALENCAR1, ANA CATARINA MELO ARAÚJO1, MARIA DO CARMO OLIVEIRA ROCHA1, ROMILDO SIQUEIRA DE ASSUNÇÃO1, JOÃO CARLOS DA SILVA1
1. SES-PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
alicerodovalho.ses.pe@gmail.com

A gripe é uma infecção respiratória aguda causada pelos vírus da influenza, geralmente leve, mas que pode causar doença grave ou morte, especialmente em pessoas com presença de fatores risco. No mundo, por ano, responde por 3 a 5 milhões de casos graves e  650.000 mortes. A vigilância da influenza em Pernambuco (PE) iniciou em 2005, com unidades sentinela de Síndrome Gripal (SG), sendo ampliada desde a pandemia de 2009, incluindo a notificação universal de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O objetivo deste trabalho é demonstrar a situação atual, os avanços e os desafios para a estruturação da vigilância de influenza em Pernambuco considerando os anos de 2013 e de 2017. Serão comparados os indicadores operacionais e epidemiológicos destes períodos e descritas ações que podem ter influência no fortalecimento da vigilância da Gripe em PE. Comparando-se o ano de 2017 com o período equivalente de 2013 observou-se, nos casos de SRAG, aumento de 144,47% na notificação, de 256,91% no número de amostras coletadas, de 15,44% no percentual de positividade da influenza e redução do tempo para o início do tratamento. Observado aumento de 475,70% na positividade dos casos de SG. Também foi registrada melhoria na oportunidade de identificação dos subtipos de influenza com maior circulação nos anos sob estudo. Como determinantes dessa aumento na detecção e avaliação diagnóstica dos casos considera-se a possível influência dos seguintes fatores: experiência de resposta ao aumento dos casos dessa doença e da sua gravidade, observado em 2016, que exigiu maior integração entre os setores da SES-PE relacionados a prevenção e controle da gripe;  execução de treinamentos, reuniões e supervisões para as equipes que fortaleceram a rede de vigilância e manejo dos casos de gripe; melhor divulgação da situação epidemiológica; implementação do fluxo de notificação imediata; ampliação da coleta, processamento oportuno e adequado das amostras. Diante do exposto, consideramos que, tanto os desafios de resposta ao aumento do número de casos de 2016, quanto às ações específicas para fortalecimento da capacidade dos serviços de vigilância e controle da influenza em Pernambuco influenciaram na ampliação da oportunidade da notificação e coleta, e promoveram uma maior agilidade nas ações de prevenção e resposta. Apesar dos avanços, é necessário manter e fortalecer, no sistema de vigilância em saúde, as medidas de enfrentamento aos desafios que persistem em nosso cenário.



Palavras-chaves:  Gripe, Influenza,, Integração , Vigilância, SRAG