DESENVOLVIMENTO DE IMUNOSSENSOR POINT-OF-CARE PARA DETECÇÃO DO VÍRUS MAYARO
PRISCILA DIAS MENDONÇA, LORENNA KARYNNE BEZERRA SANTOS, DIEGO GUERRA DE ALBUQUERQUE CABRAL , GILVANIA MARINETE DE SANTANA, GABRIELLI MARIA FERREIRA DE OLIVEIRA, PALOMA NAPOLEÃO PÊGO, SALVATORE GIOVANNI DE SIMONE, ROSA AMÁLIA FIREMAN DUTRA
1. LEB - Laboratório de Engenharia Biomédica , 2. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz
diego.g.a.cabral@hotmail.com

O mayaro é uma doença viral que pertence à família Togaviridae e foi inicialmente isolado na cidade de Mayaro em 1954. Seu material genético é constituído por RNA de fita simples positivo e seu diagnóstico é difícil e o método mais confiável tem sido o isolamento do vírus por inoculação in vivo e RT-PCR. O desenvolvimento de alternativas mais práticas e quantitativas tem aumentado a busca e o biossensore vem sendo muito estudado por possuir vantagem de respostas quantitativas em tempo real. Portanto, este trabalho trata-se do desenvolvimento de uma tecnologia rápida e prática, além de fornecer alta sensibilidade e especificidade com objetivo de caracterizar e desenvolver teste para o uso em larga escala com a tecnologia de biossensores utilizando peptídeos sintéticos do vírus Mayaro. Foram realizadas analises para o desenvolvido do imunossensor baseado em uma plataforma nanoestruturada, constituída pelo azul da prússia e nanotubos de carbono montado sobre eletrodo impresso. Todas as etapas de modificações da superfície eletródica foram caracterizadas eletroquimicamente, estruturalmente e morfologicamente através das técnicas de voltametria cíclica e onda quadrada, FT-IR e MFA. Foi possível observar o comportamento eletroquímico do nanomaterial através do aumento das amplitudes dos picos redox em KCl a 0,1M. A estabilidade do filme mostrou-se estável e foi avaliado submetendo-o em 20 varreduras cíclicas numa gama de potencial entre -0,2 V a 0,6 V e em uma velocidade de varredura de potencial de 0,05 V/s. Os coeficientes de variação dos picos redox demonstraram que o filme apresentou boa estabilidade (CV: Ipa = 0,3890; Ipc = 0,3185). A proteína foi imobilizada sobre a superfície eletródica por ligações covalentes dos nanotubos de carbono, permitindo uma alta estabilidade durante as medidas. Observa-se que ouve uma diminuição dos picos redox da área ativa, confirmando a imobilização do pepetídeo.  Foi possível observar a detecção do vírus pela técnica de VC e a resposta sensora foi detectada pela deposição de amostra real de soro e foi observado um decréscimo nos picos, confirmando assim o bloqueio e a resposta sensora. Portanto, este imunossensor livre de marcação foi desenvolvido para detectar o vírus mayaro que tem por intenção a contenção da doença e o diagnóstico precoce e permitindo ao paciente cuidados paliativos necessários através do diagnóstico preciso e com rapidez.



Palavras-chaves:  Vírus Mayaro, Imunossensor, Azúl da Prúsia, Nanotubo de carbono