NOTIFICAÇÕES DO ATENDIMENTO ANTIRRÁBICO HUMANO NA POPULAÇÃO BALSENSE, MARANHÃO, BRASIL
LUCIANA DA SILVA BASTOS 1, KÉSIA DOS SANTOS DE BRITO1, SEBASTIÃO YTTAAN SANTOS SOEIRO1, ANDRESSA EMILY FRASÃO REIS1, ANA PAULA MARQUES MILLER 1, MARIA GABRIELA SAMPAIO LIRA1, RANIELLY ARAÚJO NOGUEIRA1, SOLANGE ARAUJO MELO1, ANA LUCIA ABREU SILVA1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão, 2. UEMA - Universidade Estadual do Manhão
lucianabastos79@gmail.com

A raiva é uma zoonose transmitida ao homem através da saliva e secreções dos animais infectados pelo vírus rábico. Existem dois tipos de ciclo da raiva: o urbano, no qual o vírus pode ser transmitido pelo cão ou gato, e o silvestre, onde o morcego e o macaco são as principais fontes responsáveis pela disseminação do vírus. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi analisar os dados notificados de Atendimento Antirrábico Humano, entre 2015 a 2016 na cidade de Balsas, Maranhão, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificações (SINAN). A coleta de dados das notificações de Atendimento Antirrábico Humano, no período de janeiro de 2015 a outubro de 2016, foi obtida na Vigilância Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses do munícipio, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, que desde 1995 é utilizado pela Coordenação Nacional de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos (CNZAP) para consolidação deste tipo de registro. De 2015 a 2016, a cidade de Balsas notificou um total de 688 casos ou suspeita da ocorrência de raiva, onde 423 casos eram correspondentes ao primeiro ano analisado. Do montante de casos notificados houve uma predominação do sexo masculino. E as faixas etárias mais acometidas em 2015 e 2016 foram de 31 a 40 anos e 11 a 20 anos, respectivamente. Houve predominância do cão como espécie de animal agressora em ambos os anos. Em 2015, os meses com a maiores ocorrências de casos foram outubro (n=49), que correspondeu a 11,5%, novembro (n=48), com 11,3%, e agosto (n=41) com 9,7%. Já no ano posterior, em 2016, foi possível observar maiores ocorrências nos meses de fevereiro (n=45), com 16,9% dos casos, seguido de junho e julho (n=40), correspondendo a 30% os dois meses, e janeiro (n=35) com 13,3% dos casos. Provavelmente a grande ocorrência nesses meses do ano de 2016 se dá pelo o período de férias. Dos 423 casos notificados em 2015, apenas 200 foram concluídos, ou seja, observou-se a necessidade de sensibilização dos profissionais de saúde, quanto à identificação e ao cumprimento das notificações dos casos de zoonoses, bem como o preenchimento correto das fichas. De uma maneira geral, existem falhas no cumprimento de todas as diretrizes básicas do programa de eliminação da raiva nos municípios maranhenses, podendo resultar em novos casos humanos no Estado, sendo aconselhado que as ações sejam executadas de maneira estratégica e com regularidade.



Palavras-chaves:  Notificação, Raiva, Vírus, Maranhão, Zoonoses