ANÁLISE ESPACIAL DE CASOS LEISHMANIOSE VISCERAL HUMANA NO MUNICIPIO DE SÃO LUIS - MA |
Nas Américas, os casos humanos de Leishmaniose Visceral (LV) estão presentes em 12 países, no entanto 96% dos casos são relatados no Brasil. Em 2016, o Ministério da Saúde recebeu 3.626 notificações de casos da doença em humanos e 275 mortes foram registradas em todo o País. O processo saúde-doença da LV é constante o que permite a formação de um ciclo contínuo de transmissão entre animais silvestres, domésticos e o homem. A utilização das técnicas dos SIGs e do geoprocessamento permite o mapeamento de doenças, a avaliação de riscos, o planejamento e a análise de ações baseados na distribuição do espaço e tempo da doença permitindo reconhecer a frequência, a distribuição e a importância dos diversos fatores que influenciam no aumento de determinados riscos para a saúde. Diante disto, este trabalho tem como objetivo representar a distribuição de casos de Leishmaniose Visceral Humana no Município de São Luís - MA, utilizando técnicas de geoprocessamento para tentar compreender a dinâmica desta doença no período de 2007 a 2017. Os dados referentes aos casos de Leishmaniose Visceral Humana notificados foram cedidos pela Secretária Estadual da Saúde do estado do Maranhão por meio do Programa de Vigilância e Controle das Leishmanioses DCZ/SECD/SAPAPVS/SES/MA. Para organização e tabulação dos dados foi utilizado o pacote de planilhas da Microsoft Excel ® , posteriormente foi realizada a espacialização dos dados utilizando o software ArcGis ® 10.1, com a distribuição de números de casos por uma área delimitada. A partir da análise do banco de dados cedido pela SES-MA, foram notificados 735 casos de LVH no município de São Luís no período de 2007 a 2017. O ano de 2016 foi o que registrou o maior número de casos para o período, com 117 e 2012 registrou o menor número, com 34 casos. O Município de São Luís – MA registrou um alto índice de casos reagentes no período do estudo, o que indica a prevalência da doença na região. O panorama epidemiológico da LVH deixa clara sua franca expansão na área de estudo. As mudanças ambientais sozinhas não são suficientes para a geração de epidemias de leishmaniose, a mudança no perfil epidemiológico se associa também a vulnerabilidade socioeconômica das regiões. A mobilidade das pessoas para centro mais desenvolvidos e o baixo impacto das ações de vigilância epidemiológica e das medidas de controles utilizadas, quando não ausentes, ajudam a responder pela expansão da doença. |