INFLUENZA EM RORAIMA: PERFIL LABORATORIAL, 2009 A 2016
MARIA SOLEDADE GARCIA BENEDETTI 1,2, ARYUSKA RAYANE DE MENEZES MACHADO1,2, DANIELA PALHA DE SOUZA CAMPOS1,2
1. UFRR - Universidade Federal de Roraima, 2. CGVS/SESAU - Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde/ Secretaria de Saúde do Estado de Roraima
danielapscampos@live.com

Roraima possui uma rede de unidades sentinelas que monitoram a circulação do vírus Influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Objetivo: Caracterizar o perfil laboratorial dos casos de SG e SRAG notificados no período de 2009 a 2016. Método: Estudo transversal sobre os dados do Sivep-Gripe e SINAN Influenza Web da Secretaria de Saúde estadual. Resultados: Foram notificados 3.540 casos de SG e 185 de SRAG no período. Entre os casos de SG, 434 tiveram confirmação etiológica, sendo 118 casos em 2009, destes 11 (9,3%) casos foram pelo vírus Influenza A e 1 (0,8%) Influenza B; em 2010 e 2012 houve 1 (0,8%) caso de Influenza A entre os 126 casos confirmados e 1 (1,7%) entre os 57 casos, respectivamente; em 2013, os 11 casos confirmados foram por H1N1 e H1 sazonal; em 2014, dos 16 casos confirmados, 4 (25%) foram por Influenza A (H3 sazonal); em 2016, dos 21 casos confirmados, 17 (81%) foram por I nfluenza A: 9 casos (H1N1), 7 (H3 sazonal) e 1 (H1 sazonal); em 2011 não houve confirmação de Influenza entre os 86 casos com etiologia definida, e em 2015 não houve caso confirmado de Influenza entre os 203 casos notificados de SG. Dos 185 casos de SRAG notificados no período, 16,2% (30 casos) foram confirmados para Influenza com predomínio em 93,3% (28/30) da Influenza A (H1N1). Ocorreram 8 óbitos por SRAG e destes 12,5% (1) foi por Influenza A (H1N1). A letalidade para SRAG foi de 4,3% e para Influenza A (H1N1) 0,5%. Conclusão: Houve baixa positivada entre as amostras para SG e pode estar relacionado a má qualidade da coleta da amostra, problemas no armazenamento/envio da amostra ao LACEN/RR ou na seleção de casos suspeitos. Quanto a SRAG a identificação etiológica também foi baixa e a letalidade de quase 5% pode estar refletindo o inadequado manejo clínico dos casos suspeitos e a não instituição precoce do antiviral. É necessário intensificar a vigilância epidemiológica da SRAG nos hospitais fim de reduzir uma possível subnotificação de casos.



Palavras-chaves:  INFLUENZA, RORAIMA, SÍNDROME GRIPAL, SÍNDROME RESPIRA AGUDA GRAVE