EPIDEMIA DE CHIKUNGUNYA EM RORAIMA, 2017
MARIA SOLEDADE GARCIA BENEDETTI 1, DANIELA PALHA DE SOUZA CAMPOS1, VANESSA SILVA BARROS1, JOEL DE MELO LIMA1
1. CGVS/SESAU - Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde/ Secretaria de Saúde do Estado de Roraima, 2. UFRR - Universidade Federal de Roraima
danielapscampos@live.com

INTRODUÇÃO: A Febre chikungunya foi introduzida em Roraima no ano de 2014 (BENEDETTI et al., 2015). Em 2018, foram registrados 29.675 casos prováveis da doença no país. A redução é de 65% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 86.568 casos. Em 2018, houve 4 óbitos confirmados laboratorialmente. Em 2017, no mesmo período, foram 83 mortes (BRASIL, 2018). OBJETIVO: Descrever os aspectos epidemiológicos do surto de febre chikungunya em Roraima no ano de 2017. MÉTODO: Estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo. Os dados foram obtidos do SINAN/MS da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde do estado. Para o cálculo da taxa de incidência foi utilizado as estimativas do IBGE para 2017 (IBGE, 2017). RESULTADOS: No período de 2014 a 2017 foram notificados 7.455 casos febre de chikungunya. Boa Vista, a capital, concentrou 74,9% das notificações (5.586), Rorainópolis 8,4% e Mucajaí 8,2%. Em 2017 houve uma epidemia de Chikungunya em alguns municípios, o coeficiente de incidência do estado para os casos confirmados foi de 749,66 por 100 mil habitantes, em Boa Vista (379,77/100.000 habitantes), Rorainópolis (485,56), Mucajaí (379,77) e Caracaraí (72,10). Houve notificação de casos durante todo o ano, mas a intensificação surgiu a partir da semana epidemiológica (SE) 14 e desacelerou na SE 36. Essa epidemia atingiu praticamente todas as faixas etárias de ambos os sexos. DISCUSSÃO/CONCLUSÃO: A febre chikungunya se tornou mais uma endemia no estado. O surto de 2017 reflete a necessidade de combate ao Aedes aegypti , vetor da doença, o mesmo da dengue e do zika vírus. Desta forma, as ações de vigilância – notificação, investigação e análise do perfil epidemiológico dos casos e as ações do controle vetorial foram intensificadas pelos profissionais de saúde e gestores municipais no curso da epidemia.



Palavras-chaves:  Epidemia, Febre Chikungunya, Roraima