AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIAL DE DERIVADOS INDÓLICOS EM LEISHMANIA SPP
STEPHANE LIMA CALIXTO 1, MARINA DOS SANTOS MARTINS1, JULIANA DA TRINDADE GRANATO1, DEEPAK SALUNKE1, ADILSON DAVID DA SILVA1, ELAINE SOARES COIMBRA1
1. UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora, 2. PANJAB UNIVERSITY - Panjab University
STEPHANE.CALIXTO@HOTMAIL.COM

As leishmanioses são um complexo de doenças infecto-parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. Estas doenças acometem milhares de pessoas de países tropicais e subtropicais em desenvolvimento e representa um grande problema de saúde pública mundial. Atualmente, os fármacos disponíveis para o tratamento das leishmanioses apresentam muitos problemas, como alta toxicidade renal e cardíaca, alto custo, indução do aumento da resistência e contraindicações. Sendo assim, é indiscutível a necessidade de novas alternativas para o tratamento dessas doenças. Os derivados indólicos apresentam diversas aplicabilidades na medicina, porém, sua atividade antileishmanial ainda é pouco explorada. O presente estudo objetivou avaliar a atividade antileishmanial de cinco novos derivados indólicos ( DIn ) em L. amazonensis e L. chagasi . A atividade antipromastigota e a citotoxicidade em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c foram avaliadas pelo método colorimétrico do MTT, após 72h de tratamento. A atividade antiamastigota foi avaliada em macrófagos infectados com L. amazonensis transfectada com a “red fluorescent protein” (RFP), após 72h de tratamento, através de fluorimetria. No que diz respeito aos testes antipromastigotas, o composto DIn2 se destacou entre os demais compostos desta classe, apresentando um CI 50 de 9,44 e 13,01 µM em L. amazonensis e L. chagasi , respectivamente. Nenhum dos compostos desta classe apresentaram citotoxicidade em células de mamíferos até a máxima concentração testada (150 µM), o que representa grande vantagem em relação aos medicamentos disponíveis para o tratamento da doença. Quanto a atividade antiamastigotas de L amazonensis , os compostos DIn 2 e DIn 9 foram os mais efetivos (CI 50 de 48,87 µM e 55,90 µM, respectivamente) e portanto, mais seletivos para o parasito em relação à célula hospedeira (IS >3,07 e > 2,68). Apesar da atividade antileishmanial dos DIn não ser tão expressiva, o fato destes compostos não serem tóxicos para as células de mamíferos abrem perspectivas para síntese de novas moléculas, a partir da modificação estrutural, buscando potencializar a atividade biológica.

Financiado por: FAPEMIG, CAPES, CNPq e UFJF.



Palavras-chaves:  L. amazonensis, L. chagasi, Indólico, Leishmanioses, Antileishmanial