CANDIDÚRIA ASSINTOMÁTICA EM PACIENTES DIABÉTICOS: REVISÃO DE LITERATURA
ELAYNE MAGALHÃES MENDES 1, JOSÉ ESPÍNOLA DA SILVA NETO1, MARIA ROSA FRAGOSO DE MELO DIAS1, LAURA MARINA CECILIANO BOMFIM SOUTO SANTANA1, VICTÓRIA ROCHA FREITAS1
1. UNIT-AL - Centro Universitário Tiradentes- AL, 2. UPA - Unidade de Pronto Atendimento 24h de Maceió
elaynemmendes@gmail.com

As espécies de Cândida são causas incomuns de infecções do trato urinário (ITU) em indivíduos saudáveis. No entanto, tem-se apresentado frequentemente entre pacientes hospitalizados ou entre aqueles com predisposição à infecções fúngicas, cujas defesas do corpo estão abreviadas. Dentre esses, os portadores de Diabetes Mellitus (DM) se encontram como importante grupo, haja vista que a ITU nesses indivíduos se consagra em curso severo e complicado, podendo conduzir a quadros graves da DM como a cetoacidose, a qual possui a Candida albicans como principal agente. Neste estudo buscou-se identificar a predisposição de infecções fúngicas do gênero Candida em pacientes portadores de Diabetes Mellitus. Trata-se de um estudo observacional descritivo do tipo revisão de literatura integrativa nas bases de dados Scielo, Pubmed e Lilacs. Para tal, utilizou-se os descritores “urinary tract infection”, “Candida” e “diabetes”, além do booleano “AND”. Foram identificados 201 artigos, selecionando-se 6 com base em seu resumo e publicados nos últimos 12 anos, nas línguas inglês e espanhol. Assim, determinou-se que portadores de DM são mais vulneráveis às infecções associadas ao cuidado em saúde. Nesse contexto, dentre as comorbidades mais prevalentes, em primeiro lugar estão as ITUs com 37,2% por meio da Candida albicans, a qual é a principal agente etiológico devido aos seus fatores de virulência como diversidade genética, aderência e dimorfismo. Demonstrou-se em estudo (n=305) que, por meio de exames de urina, hemograma, urocultura e testes de hemoglobina glicada, obteve-se 38 indivíduos diabéticos (12.5%) positivos para candidúria. Todavia, houve uma alta incidência de Candida não-albicans como agente etiológico, sendo o principal a Candida glabrata, seguido da C. albicans. Outrossim, o gênero feminino, baixo pH urinário e diabetes descompensada, estavam associadas com a candidúria. Dessa forma, infere-se que em diabéticos a candidúria é um aspecto importante e não deve ser negligenciado. Ainda que a Candida Albicans seja o patógeno mais incidente, outras espécies de Candida são importantes nos diabéticos. Sendo assim, são necessários estudos para fomentar o manejo adequado de ITUS assintomáticas em pacientes diabéticos.



Palavras-chaves:  Infecção do Trato Urinário, Candida Albicans, Diabetes Mellitos