INVESTIGAÇÃO DOS CASOS DE SÍNDROME FEBRIL AGUDA (SFA)
DANIELA CRISTINA SENSATO MONTEIRO 1, NATALIA VASCONCELOS DE SOUZA1, JUSSARAH MENDES DE PAULA1, JEOVÁ KENY BAIMA COLARES1, DANIELLE MALTA LIMA1
1. UECE - Universidade Estadual do Ceará/RENORBIO, 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza
nataliavsouza@gmail.com

INTRODUÇÃO: As arboviroses provocadas pelos vírus do gênero Flavivírus, são as causadores das maiores epidemias no país, provocando um quadro de Síndrome Febril Aguda (SFA). Os vírus dengue e zika pertencem à família Flaviviridae , sendo a dengue a maior arbovirose do mundo, e endêmica em regiões tropicais e subtropicais. O estado do Ceará registrou 7 epidemias de dengue, nos anos de 1987, 1994, 2001, 2004, 2008, 2011 e 2015.  O vírus zika foi detectado no Ceará em 2015. Portanto, se faz necessário investigar os casos de SFA provocados pelos vírus do gênero Flavivírus em Fortaleza, através da técnica RT-PCR para se diagnosticar as doenças mais prevalentes. MATERIAIS E MÉTODOS: No período de 2015 a 2017, 62 participantes foram recrutados através de busca ativa de casos com suspeita clínica de SFA no Hospital São José de Doenças Infecciosas localizado em Fortaleza. A extração do RNA viral das amostras foi realizada utilizando o kit QIAamp®Viral RNA (QIAGEN®). O RT- PCR foi realizado com o kit QIAGEN® OneStep. As amostras foram inicialmente investigadas para o gênero Flavivírus, com os primer’s específicos (Ma/cFD2), descritos por Scaramozzino et a l 2001. Nas amostras que se mostraram positivas para o gênero, foi realizado o RT-PCR específico para dengue com os primer’s (AD3/AD4) descritos por Henchal, et al 1991. E, das amostras negativas para dengue foi realizado o RT-PCR para zika com os primer’s (ZIKVENV-R/ZIKVENV-F), de Faye et al 2008. Os resultados gerados das reações de RT-PCR foram visualizados em gel de agarose a 2% com fragmentos de 250 pares de base (pb), 420pb e de 364pb, respectivamente, com marcador molecular de 100pb. RESULTADOS: Dos 62 soros testados para RT-PCR o gênero Flavivírus, 17 (27,4%) foram positivas, e estes foram testados para dengue, sendo 15 (88,2%) positivos. E as 2 (11,8%) amostras negativas pra dengue, foram testadas para zika e foram negativas. DISCUSSÃO: Dos indivíduos recrutados com SFA, apenas 27,4% se mostraram positivos gênero  Flavivírus, justificando o quadro febril. A dengue ainda é a mais prevalente no Estado do Ceará quando se trata de pacientes com SFA e o vírus zika vírus não foi detectado, mas outros vírus do gênero  Flavivírus podem estar circulando em nosso Estado. CONCLUSÃO: Dessa forma, concluímos que outros agentes etiológicos devem estar envolvidos em quadros de SFA, e se faz necessário pesquisar outros possíveis patógenos  responsáveis por estes casos a fim de se adotar medidas terapêuticas precoces e efetivas.



Palavras-chaves:  Dengue, Flavivírus, RT-PCR, Síndrome Febril Aguda, Zika