PERFIL FENOTÍPICO E GENOTÍPICO DE ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES AOS β-LACTÂMICOS
ANDRESSA LIBERAL SANTOS 1, ADAILTON PEREIRA DOS SANTOS1, CÉLIA REGINA MALVESTE ITO1, MARCOS ANTONIO BATISTA DE CARVALHO JÚNIOR1, JULIANA AFONSO ALMEIDA1, CAROLINE BARROS1, PEDRO HENRIQUE PEREIRA DE QUEIROZ1, CARLA AFONSO DA SILVA BITENCOURT BRAGA1, LÍLIAN CARLA CARNEIRO1
1. UFG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
andressa.liberal@gmail.com

As enterobactérias são microrganismos envolvidos com infecções bacterianas adquiridas na comunidade e nos ambientes dos cuidados com a saúde. O tratamento das infecções bacterianas na maioria das vezes é realizado com a utilização de antibióticos e uma das maiores classes de antimicrobianos é a dos β-lactâmicos. Entre os principais mecanismos de resistência aos antimicrobianos β-lactâmicos observa-se: alteração do alvo antimicrobiano; alteração da permeabilidade ao β-lactâmico; bombas de e-fluxo e a presença de mecanismos enzimáticos que destroem o β-lactâmico. Essas enzimas são conhecidas como beta-lactamases e são codificadas por genes específicos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi correlacionar o perfil de resistência das enterobactérias, utilizando metodologias fenotípicas e identificar 14 genes que codificam as enzimas beta-lactamases: genes bla OXA; bla IMP; bla NDM; bla SME; bla DHA; bla CMY, bla TEM, bla KPC, bla SPM, bla CTX-M, bla VIM, bla SIM, bla GIM e bla SHV. As metodologias fenotípicas utilizadas foram o Teste de Sensibilidade aos Antimicrobianos por disco-difusão, e testes complementares para detecção dos mecanismos de resistência das beta-lactamases (ESBL, MBL, AmpC e Carbapenemase). A metodologia molecular utilizada foi a qPCR, utilizando o sistema Sybr Green. Entre os resultados fenotípicos encontrados nas bactérias observou-se que 74,28% foram resistentes a ampicilina, 34,28% foram resistentes a aztreonam, 62,85% foram resistentes a amoxicilina associado ao clavalunato, 51,42% foram resistentes a ceftazidima, 41,42% foram resistentes cefoxitina, 54,28% foram resistentes a cefazolina, 44,28% foram resistentes a cefepime, 41,42% foram rsistentes a ceftriaxona, 8,57% foram resistentes a cefuroxima, 35,71% foram resistentes a imipenem e 41,42% foram resistentes a piperacilina associada tazobactam. Entre o total de amostras, o mecanismo de resistência que apresentou maior expressão foi o ESBL (17,14%). Os genes estudados que foram detectados em um maior número de gêneros foram o bla GIM e o bla SIM (66,66% das amostras). O gene que foi amplificado em um menor número de amostras foi o bla VIM (16,66%). Conclui-se assim que apesar de haver baixa correlação entre as metodologias analisadas, os níveis de resistência a antimicrobianos em enterobactérias são altos e preocupantes e uma maneira de minimizar a acelerada emergência de resistência inclui o desenvolvimento ou aprimoramento de técnicas que gerem diagnósticos com alta eficiência e rapidez.



Palavras-chaves:  beta-lactamases, beta-lactâmicos, enterobactérias, resistência