ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO PROGRAMA DE CONTROLE DA TUBERCULOSE NA CIDADE DO RECIFE |
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa que acomete principalmente os pulmões e é causada pela inalação da Mycobacterium tuberculosis, transmitida pelo ar e ligada à pobreza, má distribuição de renda e baixas condições sanitárias. A Atenção Básica (AB) é considerada ponto principal para assistência da TB servindo de acesso inicial à saúde. Com vistas na integralidade da atenção, à assistência farmacêutica é necessária a este problema de saúde pública e assume posição estratégica no controle da doença. O objetivo geral do estudo é analisar o componente da Assistência Farmacêutica (AF) na perspectiva das ações da Atenção Básica para o controle da TB na cidade do Recife, através de um revisão bibliográfica. O Brasil é um dos países priorizados no combate da TB , por apresentar um grande número de notificações, só em 2017 foram observados 69.569 novos casos. Acredita-se que a prevalência da TB continue alta devido ao aumento de número de pacientes imunocomprometidos, à resistência bacteriana aos medicamentos, aumento da movimentação de pessoas por outros países de alta prevalência e um número crescente de comunidades especiais, como moradores de rua e usuários de drogas. Até os anos 40, o tratamento da TB consistia em repouso e boa alimentação nas casas de isolamento, mas através do crescimento da indústria farmacêutica foram desenvolvidos estratégias inovadoras para a profilaxia e assistência, sendo atualmente tratamento da TB considerado eficaz em torno de 95% quando o tratamento é seguido de acordo com as diretrizes.Com a instituição da Central de Medicamentos (CEME), em 1971, através do decreto nº 68.806, teve início a assistência farmacêutica como política pública. Atualmente a assistência farmacêutica é um serviço multiprofissional e envolve principalmente o acesso aos medicamentos considerados essenciais e é fundamentada na descentralização da gestão e de suas ações. No Recife após o diagnóstico ocorre a notificação e é encaminhada junto com a receita para a farmácia distrital, as notificações seguem para o setor epidemiológico e o mapa da movimentação da TB é preenchido e acompanhado pela farmácia. A partir do dados do estudo conclui-se que a AF interfere no sucesso e controle da TB, por sua responsabilidade de se integrar a outros componentes da assistência e garantir o acesso aos medicamentos. |