ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS CASOS DE DOENÇA DIARREICA AGUDA (DDA) EM SOBRAL – CE, NO PERÍODO DE 2012 A 2017.
TAMARA DE PAIVA ROCHA ROCHA 1, BEATRICE PONTE SOUZA1, JORGE LUIS PIRES DE MORAES1, CAROLINA ROSA DE OLIVEIRA LEAL1, SANDRA MARIA CARNEIRO FLÔR1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará- Campus Sobral, 2. VE - Vigilância Epidemiológica Municipal de Sobral -CE
tamarapv@hotmail.com

A Doença Diarreica Aguda (DDA) pode ser uma manifestação de várias doenças e, com isso, torna-se substancialmente importante no contexto médico. Além disso, a desidratação aguda, comum em ambulatórios e emergências, ocasionada por quadros de diarreia não controlados, pode levar à óbito. Atualmente, o número anual de mortes por diarreia em todo o mundo é estimado em 2,1 milhões, evidenciando a importância do conhecimento clínico e epidemiológico dessa enfermidade. O presente trabalho tem como objetivo realizar um levantamento dos dados referentes a DDA no município de Sobral - CE, entre os anos de 2012 a 2017, identificando os principais grupos acometidos e o esquema de tratamento mais utilizado. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, descritivo, com utilização de dados obtidos a partir do Sistema Informatizado da Monitorização das Doenças Diarreicas Agudas (SIVEP-DDA), por intermédio da Vigilância Epidemiológica do município de Sobral. Foram analisados os casos notificados da DDA no período de 5 anos, em relação às variáveis: faixa etária e esquema de tratamento utilizado. Durante o período de 2012 a 2017 foram registrados 81126 casos de doenças diarreicas. Nesse contexto, o ano de 2017 apresentou o maior número de casos (15007), seguido por 2015 (14499). Dentre os dados analisados, a população correspondente a adultos entre 20 e 39 anos foi o grupo mais afetado, totalizando 19466 casos registrados (24%). Contudo, a população de crianças entre 1 e 4 anos também apresentou valores expressivos, totalizando 18283 casos notificados (23%). Quanto ao tipo de tratamento realizado, cerca de 68,7% dos casos realizaram tratamento para prevenir a desidratação em domicílio (tipo A), 16,5% foram encaminhados para tratar a desidratação por via oral na unidade de saúde (tipo B) e 14,8% realizaram tratamento para desidratação grave na unidade hospitalar (tipo C). Nesse contexto, a análise dos dados mostrou que os grupos mais acometidos por DDA, no período analisado, foram os adultos entre 20 e 39 anos e as crianças entre 1 e 4 anos. Além disso, foi identificado que o principal esquema de tratamento é realizado em domicílio, contudo os casos que necessitam de encaminhamento hospitalar constituem um percentual preocupante. Considerando os resultados publicados, a DDA apresenta-se como um problema de saúde pública de grande magnitude e, diante disso, medidas de prevenção podem ser propostas, objetivando reduzir os casos entre os grupos populacionais mais afetados.



Palavras-chaves:  Doença Diarreica Aguda, Desidratação, Epidemiologia