EFEITO LARVICIDA DO 2–ISOPROPIL-5-METILCICLOHEXANOL CONTRA LARVAS DE AEDES AEGYPTI E AEDES ALBOPICTUS
ONEIDE FACUNDO VASCONCELOS DE OLIVEIRA2, NATÁLIA VASCONCELOS DE SOUZA 2, ANTONIO CARLOS NOGUEIRA SOBRINHO2, FRANCISCO ERNANI ALVES MAGALHÃES2, ADRIANA ROLIM CAMPOS BARROS2, DANIELLE MALTA LIMA2
1. UECE/ UNIFOR - Doutorado em Biotecnologia, Rede Nordeste de Biotecnologia, Universidade Estadual do Ceará / UNIFOR., 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza, 3. UECE - Laboratório de Bioprospecção de Produtos Naturais e Biotecnologia – LBPNB, Universidade Estadual do Ceará, Tauá, Ceará.
nataliavsouza@gmail.com

As arboviroses são um sucessivo transtorno de saúde pública em todo o mundo. Particularmente associado ao seu potencial de dispersão, devido sua capacidade de adaptação a diversos ambientes e hospedeiros, pela capacidade de causar grandes epidemias, vulnerabilidade universal e devido a ocorrência de casos graves, podendo apresentar sintomas neurológicos, articulares e hemorrágicos. Os mosquitos Aedes aegypti e Aedes Albopictus são capazes de transmitir doenças como: Dengue, febre do Chikungunya, febre do Zika, Febre Amarela, febre de Mayaro dentre outros. A maioria dessas doenças ainda não possui vacina e tratamento específico. O objetivo do estudo foi analisar a ação larvicida do 2-isopropil-5metilciclohexanol (mentol) contra os estágios larvais de mosquitos do gênero Aedes .  A amostra foi diluída em água destilada e dimetilsulfóxido - DMSO a 3% nas concentrações previamente pesadas de 1mg, 2mg, 5 mg e 10 mg para uma solução com volume total de 20ml. O teste foi realizado em triplicata, para cada diluição foram utilizadas 50 larvas a serem testadas no tempo de 24 horas. Todos os testes utilizaram um grupo controle que apenas recebeu o DMSO a 3% e após 24h se realizou a contagem das larvas mortas em cada grupo. A análise foi realizada por meio do programa Excel. Os resultados mostraram que o mentol obteve uma resposta satisfatória na mortalidade das larvas de Aedes aegypti nas concentrações de 250 ppm com 94% de mortalidade no grupo de 50 larvas e na concentração de 500 ppm com 84% de mortalidade. O uso de inseticidas para controle de vetores de mosquitos adultos e na sua forma larvária ocorre por meio do tratamento focal, perifocal e da pulverização aeroespacial de inseticidas. O curso de vida dos insetos é bastante curto, porém com grande capacidade de gerar descendente, o que faz com que aumente sua capacidade de se modificar geneticamente, criando uma grande variabilidade. O coeficiente de letalidade para larvas de Aedes Aegypti foi de 192, 2 e não foi significativo para a dosagem testada no Aedes Albopictus . Com isso encontramos sempre resistência em diferentes tipos de inseticidas. Nesse contexto é importante pesquisar novos  compostos com efeito larvicida. Concluímos que o uso de 2-isopropril-5metilciclohexanol nas concentrações de 250 e 500 ppm tiveram uma boa resposta para letalidade das larvas do mosquitos Aedes aegypti sugerindo que este possui uma atividade larvicida, porém  mais estudos são necessários para seu uso no combate ao vetor.



Palavras-chaves:  Aedes, Inseticidas, Vetores de Doenças