PANORAMA DA SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DE PERNAMBUCO: REVISÃO DE LITERATURA
LUCAS DANTAS DE OLIVEIRA1, ARTHUR LOPES DO AMARAL OLIVEIRA FARIAS1, CAIKE LUCIANO SILVA GOMES1, LEONARDO MONTEIRO LAURIA1, LUÍS ARMANDO VITORINO ALVES DE SOUZA GONDIM1, JOSÉ ROBERTO SCALONE BARBOSA 1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
zecascalone@hotmail.com

A Sífilis Congênita é uma doença causada pela bactéria Treponema pallidum, de caráter grave e de notificação compulsória no Brasil. Se caracteriza clinicamente, nas suas formas graves, por quadros de Pneumonia, problemas ósseos, deficiência mental e cegueira, afetando de forma decisiva a vida do neonato. Tendo em vista tais aspectos, é importante discorrer sobre o cenário dessa doença no estado de Pernambuco. Essa revisão foi realizada no primeiro semestre de 2018 e utilizou como fontes de informação a plataforma DATASUS, artigos da plataforma Scielo e fontes oficiais do governo de Pernambuco, além de artigos sobre a Sífilis Congênita. Tais fontes continham informações epidemiológicas e fisiopatológicas sobre tal agravo. Não foram feitas restrições em relação à língua, ano de publicação ou formato de publicação dos artigos. Em relação à epidemiologia da doença no Brasil, notou-se que as mães de bebês com o agravo são em sua maioria jovens entre 20 e 29 anos, sem ensino superior e pardas. Em Pernambuco, o aumento da incidência de casos deste agravo nos últimos anos se tornou um problema chave a ser solucionado pelo Programa Estadual de IST’s. Foi observado que no ano de 2017, o estado apresentou notificação de 1.982 novos casos da doença, sendo o líder dessa forma da Sífilis na região Nordeste. Tal número representou um aumento de 17% na incidência desta doença, contrariando a tendência regional de aumento de 6,5%, o que pode ser explicado pelo relativo descuido da população sexualmente ativa em relação ao uso de preservativos, justamente por não ter vivido as epidemias de Sífilis ocorridas em décadas passadas. Em relação à mortalidade causada pela doença, foi observado que o panorama é igualmente grave, sendo o estado de Pernambuco o quarto no ranking da taxa de mortalidade entre os estados brasileiros, porém ainda ocorrem muitas subnotificações, prova disso é a taxa de detecção do estado, que é a 4ª pior de todo o país. A proporção de grávidas não tratadas ainda está longe do ideal, sendo que 5,1% das mães diagnosticadas ainda não são tratadas, número acima da média nacional. Tendo em vista tais variáveis e características do estado, nota-se a importância desse aumento - relativo e absoluto - ocorrido na última década, fazendo com que Pernambuco alcançasse essa marca negativa perante ao cenário nacional e precisasse de uma atenção específica contra tal doença.



Palavras-chaves:  Epidemiologia, IST, Sífilis Congênita