ESCORPIÃO E POPULAÇÃO PERNAMBUCANA: REVISÃO DE LITERATURA
JOSÉ ROBERTO SCALONE BARBOSA 1, LUÍS ARMANDO VITORINO ALVES DE SOUZA GONDIM1, LEONARDO MONTEIRO LAURIA1, CAIKE LUCIANO SILVA GOMES1, LUCAS DANTAS DE OLIVEIRA1, ARTHUR LOPES DO AMARAL OLIVEIRA FARIAS1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
zecascalone@hotmail.com

Todas as sociedades apresentam problemas que afetam a saúde dos indivíduos. Dentre esses, podemos destacar o acidente por animais peçonhentos, que, nos países em desenvolvimento, ainda se apresenta como um problema. No Brasil, ataques por ofídios, escorpiões e aranhas, são os principais. No ano 2006, o Ministério da Saúde computou aproximadamente 36 mil casos envolvendo ataques por esses animais, um valor quase quatro vezes maior do que o apresentado em 1998. O estudo dos escorpiões se torna importante, pois, além de se enquadrarem entre os animais capazes de inocular diretamente suas toxinas, eles estão entre os que mais atacam os brasileiros. Em Pernambuco, foram notificados quase 14 mil casos de acidentes por escorpião, em 2017. A revisão foi realizada no primeiro semestre de 2018, onde foram selecionados: artigos da revista Scielo, manuais do Ministério da Saúde e dados da Secretaria do Estado de Pernambuco. Os manuscritos selecionados deveriam conter informações a respeito da relação escorpião e ser humano, principalmente na população pernambucana, sem restrição de língua ou ano de publicação. Não foram considera dos os trabalhos em formato de teses de doutorado e dissertação de mestrado. Os escorpiões apresentam padrões ecológico previsíveis, com relação ao habitat, porém a família Buthidae apresenta alta capacidade de adaptação, o que torna seu padrão irregular e favorece seu aparecimento em áreas urbanas. Os escorpiões desta família são vivíparos, carnívoros, gostam de ambientes úmidos e são mais ativos nos períodos, noturno, quente e chuvoso. No Brasil as espécies do gênero Tityus, componentes da família Buthidae, são consideradas de interesse médico. Em Pernambuco e nas outras regiões do Nordeste, a espécie de escorpião local é a Tityus stigmurus, conhecida como “escorpião amarelo”. Esse escorpião gosta de ficar nos entulhos, nas tubulações, nos ralos e nas calhas. Os casos relacionados a esta espécie normalmente tem curso benigno, porém é mais preocupante, podendo gerar óbitos, em crianças menores de 12 anos e idosos. Os segmentos corporais mais atingidos são antebraços e mãos, cerca de 65%. Sendo assim, estimular a discussão sobre os escorpiões nas comunidades é de suma importância, pois, estratégias simples, como: não acumular materiais ou lixo, usar luvas para manipular objetos, colocar telas em portas e janelas, podem evitar o contato desse animal com os seres humanos. Reforçando que o cuidado deve ser redobrado em períodos chuvosos. 



Palavras-chaves:   Epidemiologia, Picada de escorpião, Seres humanos