CONHECIMENTO DE JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS ACERCA DE TERAPIA ANTIRRETROVIRAL |
Introdução: A terapia antirretroviral (TARV) é capaz de possibilitar uma melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV, aumentar a sobrevida dos pacientes, além de ajudar a reduzir a disseminação da epidemia. Durante a adolescência, é frequente a redução da adesão ao tratamento, o que acarreta em menores taxas de controle da replicação viral e maior risco para o rebote virológico após supressão inicial. Objetivo: Analisar o conhecimento de jovens vivendo com HIV acerca da TARV. Desenho do estudo: transversal, descritivo, exploratório, delineamento quantitativo. Métodos: Estudo realizado no Serviço de Assistência Especializada (SAE), localizado em Recife-Pernamuco. Utilizou-se a técnica de amostragem não-probabilística por conveniência, assim, 29 jovens vivendo com HIV/Aids compuseram a amostra. A coleta de dados ocorreu entre os meses de agosto de 2016 a fevereiro de 2017.Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. O estudo obedeceu à Resolução Nº 466/2012 sob CAEE: 56593416.1.0000.5192. Resultados: A maior parte da amostra foi composta por indivíduos do sexo feminino (82,8%), faixa etária compreendida entre 18 a 24 anos (72,4%) e apenas 48,6% concluiu o ensino médio. Sobre o conhecimento da finalidade da TARV, 75,9% dos entrevistados afirmaram que as medicações usadas servem para destruir ou controlar um vírus. Quando questionados sobre qual profissional lhes dava orientações sobre a medicação, a maioria, 89,7%, informou que recebia informações do médico durante a consulta. 100% dos participantes revelaram conhecer seu diagnóstico para o HIV. Quando questionados sobre o conhecimento dos nomes das medicações usadas na TARV, apenas 17,2% afirmaram saber nomeá-los. Discussão: Pode-se perceber que apesar da disponibilidade do serviço e das medicações, para a adesão completa do tratamento, faz-se necessário ainda mais o estímulo direcionado aos jovens para a continuidade do tratamento, visto que a faixa etária e o grau de escolaridade influenciam na adesão e planejamento da TARV. Conclusão: É de fundamental importância investir em ações que visem a divulgação de informações acerca da adesão ao tratamento como forma de prevenir agravos. Sendo assim, faz-se necessária a consolidação de parceria entre o profissional e o jovem para escutar, sentir e pensar juntos as soluções para a melhoria da adesão e a superação das barreiras. |