ADESÃO À TERAPIA ANTIRRETROVIRAL NO SERTÃO DO PAJEÚ
DANIELLE CHIANCA DE ANDRADE MORAES1, JULIANA DA ROCHA CABRAL 1, GICELY REGINA SOBRAL DA SILVA MONTEIRO1, CAMILA ABRANTES CORDEIRO MORAIS1, ELIZANDRA CÁSSIA DA SILVA OLIVEIRA1, ANNA PRISCILLA BARROS DE OLIVEIRA1, CÉSAR DE ANDRADE DE LIMA1, REGINA CÉLIA DE OLIVEIRA1
1. UPE - Universidade de Pernambuco
jucabral06@hotmail.com

Introdução: Com o advento das novas classes de antirretrovirais, em 1996, foi possível mudar o perfil epidemiológico do HIV/aids e possibilitar a mudança do conceito da doença que era vista como resultado de morte, para caráter crônico. Para tal é imprescindível que a pessoa vivendo com HIV tenha uma adesão adequada (> 85%) e regular ao tratamento, dessa maneira é possível se manter a carga viral indetectável e os níveis desejáveis de células CD4.  Objetivo: verificar a adesão aos antirretrovirais das pessoas vivendo com HIV no sertão do Pajeú. Desenho do estudo: transversal, descritivo, exploratório, delineamento quantitativo. Métodos: Realizado no Serviço de Assistência Especializada (SAE), localizado no Sertão do Pajeú - PE. A amostra foi não probabilística por conveniência, em que participaram 55 pessoas vivendo com HIV com 18 anos ou mais de idade, de ambos os sexos, uso de antirretrovirais há pelo menos 6 meses. O comportamento de adesão à TARV foi classificado a partir da aplicação da versão validada para a língua portuguesa do “Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral” – CEAT-VIH. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Estudo aprovado pelo comitê de ética em pesquisa  a partir do parecer nº 2122011. Resultados principais: 56,4% do sexo masculino, com faixa etária predominante dos 40 a 60 anos, escolaridade de ensino do primeiro grau incompleto 58,2%, tempo de diagnóstico entre 1 a 5 anos 40%. Os dados demonstram que a 60% usam o preservativo no ato sexual, e 50.9% se contaminaram por via sexual. Percentual de 98,2 encontrava-se assintomáticos com carga viral indetectável 50,9% e com adesão inadequada 80,0%. Discussões: A literatura aponta diversos estudos com resultados de adesão classificada como insatisfatório, inadequada, baixa/regular, insuficiente/regular, insuficiente. Essa é uma realidade do cenário nacional das pessoas vivendo com HIV e se torna preocupante com relação as vantagens positivas dos antirretrovirais.   Conclusões: Devem ser pautadas em todos os planejamentos dos profissionais de saúde que trabalham e cuidam diretamente de pessoas vivendo com HIV estratégias de vigilância e promoção à adesão aos antirretrovirais. É responsabilidade de toda a equipe acompanhá-los de forma holística e assim traça estratégias de melhoria para a adesão.



Palavras-chaves:  Adesão à medicação, Fármacos anti-HIV, HIV, Antirretrovirais