LEVANTAMENTO DE CASOS DE HTLV POSITIVOS OU INDETERMINADOS NOS CANDIDATOS À DOAÇÃO DE SANGUE
HELAINE ALMEIDA QUEIROZ1, ALCINIA BRAGA DE LIMA ARRUDA 1, VÍTOR MARTINS OLIVEIRA 1, FRANCISCO ILDELANO DA COSTA SILVA1, GABRIEL JOSÉ GUEDES QUIRINO1, DILAÍLSON CARLOS COSTA JUNIOR1, CARMELINDA DO NASCIMENTO LIMA1, JAMILE DE OLIVEIRA GOMES1, SARAH CARDOSO MORAIS1, LÍVIA ANDRADE SALES1, ANA CLAUDIA MOURA MARIANO1, AMANDA APARECIDA DE LIMA ARRUDA 1, YAGO MOTA GONDIM1, ANIO IVAN HOLANDA LIMA1, ANNA PAULA DE OLVEIRA RODRIGUES1, JOSE LÚCIO JORGE BARBOSA1, FRANCISCA VÂNIA BARRETO AGUIAR FERREIRA GOMES1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza, 3. HEMOCE - Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
vitormartins1914@gmail.com

O vírus Linfotrópico de células T Humanas (HTLV) faz parte da família Retroviridae, a mesma do HIV, sendo transmitido por via sexual, vertical, hemotransfusão e compartilhamento de seringas. A triagem sorológica para o HTLV, em bancos de sangue, passou a ser obrigatória no Brasil por meio da Portaria nº 1.376 do Ministério da Saúde em 1993. O objetivo deste trabalho foi verificar a frequência dos candidatos à doação de sangue infectado pelo vírus HTLV na Hemorrede cearense e traçar suas características epidemiológicas. Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa baseado nos dados dos candidatos à doação de sangue com resultado indeterminados ou positivos para o vírus HTLV, nos anos de 2014 a 2016, no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE). Os dados foram analisados utilizando o programa Microsoft EXCEL 2013 e o trabalho obteve aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará sob o número de parecer 2.583.283. A prevalência desse vírus nos anos de 2014, 2015 e 2016 foi de 0,0085%, 0,0091% e 0,0021%, respectivamente . Em relação ao perfil epidemiológico, foi visto que as mulheres (59%), com idade média de 39 anos (27%), pertencentes a raça morena/parda (66,7%), com ensino fundamental (31,8%) completo e procedentes de Fortaleza (55%), representaram a maior parte dos candidatos à doação que detinham o vírus, sendo esse, principalmente do tipo HTLV 1. Constatou-se que 30% dos candidatos não retornaram para coletar uma segunda amostra sanguínea nos casos em que os primeiros resultados no teste de triagem deram positivos ou inconclusivos, e esses dado é preocupante, pois esses indivíduos podem estar infectados e transmitir o vírus, visto que não somente a transfusão sanguínea consiste em um meio de transmissão para o vírus, outras vias como a sexual e a vertical são relevantes na contaminação . Conclui-se que a prevalência para o HTLV foi muito baixa e a credita-se que esse resultado tenha ocorrido devido a exclusão permanente dos doadores de repetição soropositivos e à realização de uma triagem clínica e sorológica rigorosa pela Hemorrede cearense.



Palavras-chaves:  Doadores de Sangue, HTLV, Perfil Epidemiológico