INAPTIDÃO TEMPORÁRIA DOS CANDIDATOS À DOAÇÃO DE SANGUE RELACIONADA AO COMPORTAMENTO DE RISCO PARA IST E ANEMIA
ALCINIA BRAGA DE LIMA ARRUDA 1, FÁBIO FERREIRA MENEZES1, VÍTOR MARTINS OLIVEIRA 1, DILAÍLSON CARLOS COSTA JUNIOR1, FRANCISCO ILDELANO DA COSTA SILVA1, GABRIEL JOSÉ GUEDES QUIRINO1, JAMILE DE OLIVEIRA GOMES1, PEDRO IGOR DE OLIVEIRA PEREIRA1, NATHÁLIA MOREIRA TÁVORA1, LÍVIA ANDRADE SALES1, SARAH CARDOSO MORAIS1, GENUÍNA STEPHANIE GUIMARÃES CARVALHO1, AMANDA APARECIDA DE LIMA ARRUDA 1, YAGO MOTA GONDIM1, ADRIANO EVANGELISTA MAIA1, SUZZY MARIA CARVALHO DANTAS1, ANIO IVAN HOLANDA LIMA1, FRANCISCA VÂNIA BARRETO AGUIAR FERREIRA GOMES1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza, 3. HEMOCE - Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará
vitormartins1914@gmail.com

A Portaria nº 1.353 do Ministério da Saúde, editada em 13 de junho de 2011, determina que o candidato à doação de sangue passe por uma triagem clínica e sorológica, com o intuito de garantir que o sangue a ser transfundido ofereça o menor risco possível ao doador. A realização da triagem clínica e sorológica, na seleção dos candidatos à doação de sangue, tornam a prática hemoterápica mais segura, porém provocaram a diminuição das reservas de sangue nos Hemocentros. O objetivo deste trabalho foi verificar as principais causas de inaptidão nos candidatos à doação de sangue, durante a triagem clínica, realizada nos Hemocentros Coordenador e Regionais do estado do Ceará. Para isso, realizou-se um estudo retrospectivo e descritivo, com abordagem quanti e qualitativa, utilizando como fonte os relatórios com os dados dos candidatos a doação de sangue dos Hemocentros Coordenador e Regionais do estado do Ceará, no ano de 2016. A análise estatística foi feita utilizando o programa Microsoft Excel® 2013. De um total de 149.738 candidatos a doação de sangue, 110.619 (73,88%) foram considerados aptos à doação, enquanto que 39.119 (26,12%) foram considerados inaptos. A inaptidão estava presente principalmente no sexo feminino (51,58%) e na faixa etária correspondente à 18 a 29 anos (56,38%). O maior número de inaptos foi na doação do tipo espontânea (87,1%) e no doador do tipo primeira vez (60,1%). Os fatores de inaptidão à doação de sangue com maior destaque, durante a triagem clínica, foram o comportamento de risco para DST e anemia, com 18,85% e 1,87 % para o gênero masculino e 15,4% e 8,5%, para o gênero feminino, respectivamente. A anemia no gênero feminina está normalmente correlacionada à fase menstrual, na qual as reservas de ferro encontram-se diminuídas e sua necessidade aumentada, enquanto que a rejeição dos homens por comportamento de risco para IST, se deve a fatores como: maior liberdade sexual vivenciada atualmente, tendência a ter relações extraconjugais e diminuição do uso de preservativo, que os tornam mais suscetíveis às doenças sexualmente transmissíveis. Os resultados encontrados condizem com a literatura pesquisada. C oncluímos que, a realização de estudos com a finalidade de descrever o perfil dos inaptos e as causas de inaptidão são importantes, uma vez que geram campanhas educativas e informativas específicas que melhoram a captação e consequentemente aumentam os estoques do banco de sangue.



Palavras-chaves:  Doação de Sangue, Inaptidão de Doadores, Triagem Clínica