ENTEROCOCCUS spp. EM CORVINA (MICROPOGONIAS FURNIERI) COMERCIALIZADA EM FEIRAS LIVRES DE MUNICÍPIOS DO RECÔNCAVO DA BAHIA |
Durante o processo de comercialização dos peixes pode ocorrer contaminação por agentes bacterianos, principalmente do gênero Enterococcus spp . relacionando a inadequações nas operações industriais. Neste contexto, o estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de Enterococcus spp. em corvina ( Micropogonias furnieri ) comercializada em feiras livres de municípios do Recôncavo da Bahia, no período de novembro de 2017 a janeiro de 2018. O critério de amostragem utilizado foi a amostragem estratificada, de acordo com os critérios geográficos (município) e de hábito de consumo/vendas (espécie de peixe), com relação à determinação do n amostral utilizou-se como referência a quantidade de pescado comercializado (Kg) em uma abordagem de amostragem exaustiva. Foram colhidas 12 amostras evisceradas dos municípios de Cruz das Almas, Muritiba, Maragogipe, Cachoeira e Santo Amaro. Identificando-as quanto ao fornecedor e município, transportadoas em recipiente isotérmico com gelo rígido reutilizável para manter a refrigeração adequada (5 o C), encaminhado-as para o Laboratório de Doenças Infecciosas do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, utilizando a metodologia descrita no Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos de Silva et al (2007) segundo a American Public Health Association (APHA). Foi observado bactérias do gênero Enterococcus spp. em 100% das amostras, no qual o maior registro foi em Santo Amaro (4,389 log UFC/g), seguido por Muritiba (4,182 log UFC/g), Cruz das Almas (3,729 log UFC/g), Maragogipe (3,247 log UFC/g) e o Cachoeira (3,187 log UFC/g), constatando risco para saúde do consumidor, devido a presença deste microrganismo estar relacionada a presença de patógenos, em especial as espécies Enterococcus faecalis e Enterococcus. faecium . Sua presença indica problemas nas condições ahigiênico-sanitárias, evidenciando falta de boas práticas de manipulação e fabricação. Acometem principalmente pessoas imunocomprometidas e em terapia intensiva. Acarretando infecções no trato urinário, infecção intra-abdominal e pélvica, bacteremia, endocardite e infecção neonatal. Concluiu-se que as corvinas comercializadas nestas regiões são inadequadas para o consumo humano, mostrando a necessidade de inspeção sanitária da corvina ( Micropogonias furnieri) comercializada informalmente nas feiras livres. |