ENTEROCOCCUS spp. EM CORVINA (MICROPOGONIAS FURNIERI) COMERCIALIZADA EM FEIRAS LIVRES DE MUNICÍPIOS DO RECÔNCAVO DA BAHIA
LUANA DE SANTANA CORREIA 1, VINICIUS PEREIRA VIEIRA 1, JAIALA NASCIMENTO DA SILVA1, CRIZELIA ANDRADE DE SOUZA1, ANITA SOARES BARBOSA GUIMARÃES1, KAYCK AMARAL BARRETO1
1. UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
lvetsantana90@gmail.com

Durante o processo de comercialização dos peixes pode ocorrer contaminação por agentes bacterianos, principalmente do gênero Enterococcus spp . relacionando a inadequações nas operações industriais. Neste contexto, o estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de Enterococcus spp. em corvina ( Micropogonias furnieri ) comercializada em feiras livres de municípios do Recôncavo da Bahia, no período de novembro de 2017 a janeiro de 2018. O critério de amostragem utilizado foi a amostragem estratificada, de acordo com os critérios geográficos (município) e de hábito de consumo/vendas (espécie de peixe), com relação à determinação do n amostral utilizou-se como referência a quantidade de pescado comercializado (Kg) em uma abordagem de amostragem exaustiva. Foram colhidas 12 amostras evisceradas dos municípios de Cruz das Almas, Muritiba, Maragogipe, Cachoeira e Santo Amaro. Identificando-as quanto ao fornecedor e município, transportadoas em recipiente isotérmico com gelo rígido reutilizável para manter a refrigeração adequada (5 o C), encaminhado-as para o Laboratório de Doenças Infecciosas do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, utilizando a metodologia descrita no Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos de Silva et al (2007) segundo a American Public Health Association (APHA). Foi observado bactérias do gênero Enterococcus spp. em 100% das amostras, no qual o maior registro foi em Santo Amaro (4,389 log UFC/g), seguido por Muritiba (4,182 log UFC/g), Cruz das Almas (3,729 log UFC/g), Maragogipe (3,247 log UFC/g) e o Cachoeira (3,187 log UFC/g), constatando risco para saúde do consumidor, devido a presença deste microrganismo estar relacionada a presença de patógenos, em especial as espécies Enterococcus faecalis e Enterococcus. faecium . Sua presença indica problemas nas condições ahigiênico-sanitárias, evidenciando falta de boas práticas de manipulação e fabricação. Acometem principalmente pessoas imunocomprometidas e em terapia intensiva. Acarretando infecções no trato urinário, infecção intra-abdominal e pélvica, bacteremia, endocardite e infecção neonatal. Concluiu-se que as corvinas comercializadas nestas regiões são inadequadas para o consumo humano, mostrando a necessidade de inspeção sanitária da corvina ( Micropogonias furnieri) comercializada informalmente nas feiras livres.



Palavras-chaves:  análise microbiológica, boas práticas, feira-livre, inspeção sanitária, peixe