CARACTERIZAÇÃO DOS CANDIDATOS À DOAÇÃO DE SANGUE COM SOROLOGIA POSITIVA PARA HIV
ALCINIA BRAGA DE LIMA ARRUDA ALCINIA ARRUDA1, DÊNIA ALVES ALBUQUERQUE DE SOUZA DÊNIA SOUZA1, ROMÉLIA PINHEIRO GONÇALVES ROMÉLIA GONÇALVES1, DILAILSON CARLOS COSTA JÚNIOR 1, GABRIEL JOSÉ GUEDES QUIRINO GABRIEL QUIRINO1, VITOR MARTINS OLIVEIRA VITOR OLIVEIRA1, FRANCISCO ILDELANO DA COSTA SILVA FRANCISCO SILVA1, TARCISIO PAULO DE ALMEIDA FILHO TARCISIO ALMEIDA FILHO1, NATHÁLIA MOREIRA TÁVORA NATHÁLIA TÁVORA1, LÍVIA ANDRADE SALES LÍVIA SALES1, JESSICA RAQUEL GONÇALVES SILVA JESSICA SILVA1, ANA CLAUDIA MOURA MARIANO ANA MARIANO1, AMANDA APARECIDA DE LIMA ARRUDA AMANDA ARRUDA1, ADRIANO EVANGELISTA MAIA ADRIANO MAIA1, KETILEY FELÍCIO DA COSTA KETILEY COSTA1, AMANDA BRAGA VASCONCELOS DE ARAÚJO AMANDA ARAÚJO1, ANNA PAULA DE OLIVEIRA RODRIGUES ANNA RODRIGUES1, JOSÉ LÚCIO JORGE BARBOSA JOSÉ BARBOSA1, FRANCISCA VÂNIA BARRETO AGUIAR FERREIRA GOMES FRANCISCA GOMES1, ANIO IVAN HOLANDA LIMA ANIO LIMA1
1. UFC - Universidade Federal do Ceará, 2. UNIFOR - Universidade de Fortaleza, 3. HEMOCE - Hemoce
lcarlosl.costa@gmail.com

O Vírus da Imunodeficiência Humana, pode ser transmitido por via sexual, transmissão vertical e pela via parenteral. O processo de transfusão de sangue apresenta um risco e por isso, deve ser realizado de forma criteriosa, buscando garantir a segurança para o receptor e doador. O objetivo deste trabalho foi verificar a prevalência de HIV entre os candidatos à doação de sangue e estabelecer o perfil desses indivíduos. Foi realizado um estudo retrospectivo com abordagem quantitativa, utilizando os dados dos doadores que realizaram a triagem sorológica, nos anos de 2014 a 2016, na hemorrede cearense. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará sob o número de parecer 2.583.255. Os resultados mostraram que em 2014, dos 105.182 candidatos à doação de sangue, 170 apresentaram HIV positivo ou indeterminado na primeira triagem sorológica. Destes, 53 não retornaram e 117 retornaram para segunda triagem (32 tiveram diagnóstico confirmado para HIV e 85, negativo). Em 2015, dos 110.269 candidatos, 148 passaram para segunda triagem sorológica. Desses, 46 não retornaram para segunda triagem e 102 retornaram, sendo que 34 positivaram para HIV e 68, o diagnóstico foi negativo. E em 2016, dos 110.285 candidatos, 130 foram para segunda triagem sorológica. Destes, 65 não compareceram e 65 realizaram os exames, sendo que 17 positivaram para HIV e 48, negativaram. A prevalência de HIV foi de 0,03% (2014), 0,03% (2015) e 0,02% (2016). Em todos os anos, as variáveis faixa etária, gênero, cor da pele e estado civil prevaleceram. Assim, 56,3% (2014), 47,1% (2015) e 52,9% (2016) entre 17 e 29 anos; 78,13% (2014), 88,24% (2015) e 76,47% (2016) do gênero masculino; 84,38% (2014), 85,3% (2015) e 64,71% (2016) de cor morena/parda; 78,13% (2014), 73,53% (2015) e 58,82% (2016) solteiros. E, 65,62% (2014) com 3º grau; 58,82% (2015) e 82,36% (2016) com ensino médio. Correlacionando as variáveis, foi visto uma maior significância de HIV no sexo masculino que no feminino, em todos os anos, mostrando que para cada mulher infectada, 2 homens eram portadores do vírus (2014), 1 para 4 em 2015 e 1 para 8 em 2016. Não foi observada significância estatística para as demais variáveis estudadas. Conclui-se que a prevalência para HIV foi abaixo dos resultados relatados na literatura e que trabalho como esse é importante, pois possibilita o planejamento de ações de saúde pública voltado para as especificidades de cada hemocentro.



Palavras-chaves:  HIV, Transfusão sanguínea, Triagem sorológica