DIAGNÓSTICO DE HEPATITE B OCULTA UTILIZANDO AMOSTRAS DE SORO E FLUIDO ORAL: REVISÃO DE LITERATURA
CAIKE LUCIANO SILVA GOMES1, JOSÉ ROBERTO SCALONE BARBOSA1, LUÍS ARMANDO VITORINO ALVES DE SOUZA GONDIM 1, LEONARDO MONTEIRO LAURIA1, ARTHUR LOPES DO AMARAL OLIVEIRA FARIAS1, LUCAS DANTAS DE OLIVEIRA1
1. UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau
l.armandovitorino@gmail.com

A infecção oculta pelo vírus da hepatite B é definida pela presença do ácido desoxirribonucleico (DNA) do vírus da hepatite B (HBV) no fígado de indivíduos com o antígeno de superfície do vírus da hepatite B (HBsAg) indetectável na sorologia. Em alguns casos desse tipo de infecção, o HBV-DNA também pode ser encontrada no soro, porém, normalmente em quantidades menores que 200 UI/ml. No Brasil, apesar da sua importância clínica, existem poucos relatos a respeito da doença, sendo a região Amazônica com a maior prevalência. Como a sorologia se mostra negativa na maioria dos casos, atualmente o diagnóstico é feito utilizando a técnica de PCR em tempo real, através de uma reação em cadeia, no qual o material genético é multiplicado e quantificado. Essa revisão foi realizada no primeiro semestre de 2018, onde foram selecionados: artigos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a plataforma PubMed. Os manuscritos selecionados contêm informações sobre a importância do diagnóstico precoce da hepatite B oculta, pois, a partir dele é possível caracterizar infecção, definir o início do tratamento antiviral, monitorar o curso clínico da doença e demonstrar os efeitos dos medicamentos na replicação do HBV. Porém os métodos de diagnósticos utilizados atualmente, possuem altos custos para países em desenvolvimento como o Brasil. Diante disso, foi desenvolvida uma técnica que utiliza fluido oral. Essa metodologia de diagnóstico tem se mostrado uma boa alternativa pois apresenta, boa sensibilidade, fácil execução e baixo custo. Os estudos realizados pela Fiocruz, compararam essa nova técnica com a PCR em tempo real, e os resultados mostraram que a primeira pode ser uma alternativa para triagem inicial de amostras em laboratórios com poucos recursos financeiros. Sendo assim, os testes que utilizam fluidos orais podem ser uteis na detecção do HVB DNA para o diagnostico de hepatite B oculta em determinados grupos, e se mostram como uma alternativa à coleta de sangue em pacientes com acesso venoso difícil, como crianças, usuários de drogas injetáveis e hemodialisados.



Palavras-chaves:  Diagnóstico, Hepatite B, Líquido do sulco gengival