ATIVIDADE DO PEPTÍDEO ANTIMICROBIANO FILOSEPTINA-P1 NA FORMAÇÃO DE BIOFILME DE ESCHERICHIA COLI ATCC 25922
BRUNO GILDO DALLA VECCHIA MORALES1, ANTONIO JUNIO FEITOSA DA SILVA 1, OCTÁVIO LUIZ FRANCO1, CHRISTIAN COLLINS KUEHN 1, LEONARDO DE AZEVEDO CALDERON1
1. UNIR - Fundação Universidade Federal de Rondônia , 2. FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz Rondônia , 3. UCDB - Universidade Católica Dom Bosco
christian.collins@gmail.com

Parte da flora intestinal de animais endotérmicos, Eschrerichia coli, quando em ambiente não autóctone ou em imunossupressão, é responsável por intoxicações alimentares, sendo a via fecal-oral o modo de transmissão mais comum. Isto faz da E. coli o principal organismo indicador de contaminação do solo, recursos hídricos e alimentos. Devido sua alta variabilidade genética, o tratamento com antibióticos não é indicado para as infecções brandas, que costumam durar entre 5 e 7 dias, por outro lado, em infecções severas associadas à diarreia o uso de antibióticos é aconselhado. Em consequência de sua alta capacidade de aderência às superfícies, a formação de biofilme contribui para a ocorrência destas infecções e dificulta sua erradicação. Desta forma, é necessária a busca por compostos que possam efetivamente sobrepor esta característica. O estudo tem como objetivo avaliar a supressão da formação de biofilme de Escherichia coli ATCC 25922 pelo peptídeo Filoseptina-P1 ( Pithecopus palliatus ). A formação de biofilme foi obtida mediante culturas bacterianas crescidas durante 18 h em meio Muller Hinton, diluídas em meio BM2 e alocadas em placa 96 poços, seguido pelo descarte do meio e lavagem dos poços por três vezes com água deionizada. As células aderidas à superfície da placa foram coradas com cristal violeta (0,01%) por 20 minutos, seguido de sua remoção e lavagem dos poços por duas vezes com água deionizada. O cristal violeta aderido às células foi solubilizado com 110 μL de etanol (60%) e levado para leitura em leitor de microplacas no comprimento de onda de 595 nm. As concentrações testadas variaram entre 31,25 µM e 0,48 µM em diluição seriada. A concentração inibitória de 50% da formação de biofilme (CIMB 50 ) foi de 1,95 µM e em 90% (CIMB 90 ) foi de 17,5 µM, sendo que a partir de 3,90 µM mais de 80% das células foram inibidas. Para o antibiótico Ampicilina, comumente empregado contra infecções por E. coli , a concentração recomendada varia entre 5,72 e 22,9 µM. Comparando-se à eficácia da Filoseptina-P1, esta necessita de menor concentração para obter êxito na inibição de E. coli , instigando maior compreensão sobre sua ação na formação de biofilmes. Por fim, o peptídeo Filoseptina-P1 se mostra promissor no combate à formação de biofilme de E. coli e mais estudos deverão ser realizados a fim de melhor elucidar suas interações moleculares.



Palavras-chaves:  Biofilme, Escherichia coli , Peptídeo antimicrobiano