A INCIDÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO VALE DO SÃO FRANCISCO E ARARIPE - PE
RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS 1, CLÁUDIO GABRIEL PINTO1, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA1, SONIELY NUNES DE MELO1, IZABELLE BARBOSA DA SILVA 1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES1, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, GRACILIANO RAMOS ALENCAR DO NASCIMENTO1, JOSÉ WILTON DA SILVA1, JOÃO CLEDSON CABRAL FERREIRA CAMPOS1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM - Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, 3. CESVASF - Centro de Ensino Superior do Vale do São Francisco
rayanamedunit@gmail.com

A Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, que possui acometimento sistêmico e, se não tratada, pode causar óbito em até 90% dos casos. Os reservatórios podem ser raposa, gambá, rato doméstico e cachorro, sendo este o principal elo na cadeia de transmissão. A região Nordeste tem os maiores índices da doença, sendo considerada área endêmica com episódios de epidemia, principalmente na zona urbana (COSTA; PEREIRA; ARAÚJO, 1990). A importância das leishmanioses reside não somente na sua elevada incidência e ampla distribuição geográfica, mas também na possibilidade de assumir formas graves, com altas taxas de mortalidade nos casos não tratados de LV e alta morbidade nos casos de LT. A doença é registrada em todos os estados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), por intermédio do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), buscando-se identificar sua expansão em amplitude e número de casos. O objetivo da pesquisa foi analisar através de uma análise retrospectiva, com abordagem descritiva e quantitativa a situação da Leishmaniose visceral nas regiões supracitadas no intervalo 2014-2017 com base nos casos notificados no banco de dados do DATASUS. Durante pesquisa comparativa, notou-se que em todos os anos houve prevalência das notificações na microrregião do Vale do são Francisco e do Araripe, configurando mais de 50% das notificações em todo o estado. Isso se torna preocupante, levando em consideração o desenvolvimento e a importância econômica da microrregião que é grande exportadora de frutas e possui alto valor empregatício. Do ano de 2014 ao ano de 2017 foram notificados 611 casos no estado de Pernambuco, sendo 323 apenas no vale do São Francisco/ Araripe, desse modo, há urgência de maior vigilância e ações mais efetivas nessas localidades. Para tal, são necessários projetos que visem o controle e a prevenção da doença, devendo estar ligados ao cotidiano da população a respeito da patologia, essas medidas devem ser tratadas como prioridade pela Secretaria Estadual de Saúde e devem ser consolidadas através de atividades que facilitem a compreensão da comunidade sobre o problema, além da doação de repelentes, telas e/ou mosquiteiros, muito importantes, também, são as melhorias nas condições de trabalho, moradia e infraestrutura, principalmente da população rural, que é mais exposta às formas mais agressiva.



Palavras-chaves:  leishmaniose, população, transmisão