CONHECIMENTO E PRÁTICAS DA POPULAÇÃO RURAL DE PETROLINA/PE PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA: DADOS PRELIMINARES
LETÍCIA SILVA MARTEIS 1, ANA LUÍSA NÓBREGA RODRIGUES1, CLÁUDIO NOEDHY COELHO DOS SANTOS1, CLEUSA WANDERLEY DE QUEIROZ ANDRADE1, ESTER RODRIGUES DE LIMA SILVA1, JÁIRON GUIMARÃES1, LUÍS FERNANDO SANTOS LOPES1, PAULO VICTOR SÁ LIMA1, SILVANILDO MACÁRIO DOS SANTOS FILHO1, THAMYRES RATS DE SOUZA BARBOSA1, VÍTOR SÁVIO DE SOUSA REIS1, CÉSAR AUGUSTO DA SILVA1
1. UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco
leticia.marteis@univasf.edu.br

Dengue, Zika e Chikungunya são arboviroses de importância em saúde pública no Brasil e no mundo. Recentes registros de epidemias no Brasil destacaram o Estado de Pernambuco quanto ao número de óbitos por infecções pelos vírus Dengue e Chikungunya e quanto ao número de casos suspeitos de microcefalia associada ao Zika vírus. Uma vez que a principal forma de transmissão desses vírus é vetorial através do mosquito Aedes aegypti , o objetivo deste estudo foi investigar o conhecimento e práticas da população rural de Petrolina/PE acerca do controle vetorial para prevenção de arboviroses. Este é um estudo transversal com aplicação de questionário com escolares dos ensinos fundamental e médio da rede pública da área rural do município. O questionário abordou aspectos do vetor, das arboviroses e das atitudes dos alunos. Ao todo, responderam ao questionário 483 alunos, de 10 a 22 anos, distribuídos entre todas as séries dos ensinos fundamental e médio. Embora muitos alunos entendam as etapas do ciclo de vida do mosquito (59,2%), a maioria é incapaz de identificar o vetor tanto na fase adulta (76,2%) quanto imatura (78,7%), além de confundirem os hábitos hematofágicos da espécie (66,7%). Além disso, apesar de a maioria dos alunos reconhecerem os criadouros característicos do mosquito (94%), e identificarem as arboviroses associadas ao vetor (60,2%), ainda há alunos que também associam o desenvolvimento de larvas de Ae. aegypti a ambientes inapropriados (10,4%), e que não compreendem a principal forma de transmissão dos arbovírus (32%), o que interfere na eficácia das ações de controle vetorial e de prevenção das arboviroses. Apesar disso, 73% dos alunos julgam que é dever de toda a população combater o mosquito e relatam manter a atitude correta tanto acerca da eliminação de possíveis focos do mosquito (53%) quanto diante de uma suspeita de infecção por arbovírus (83%).  Assim, ações de educação em saúde são uma demanda importante na área de estudo e este levantamento possibilitou diagnosticar os conhecimentos prévios dos alunos acerca do tema e servirá de base para futuras atividades de intervenção na localidade. Dessa forma, será possível sanar deficiências no conhecimento dos alunos e sensibilizá-los para atitudes, de modo a estabelecer um modelo de ações a ser empregado nas escolas e na comunidade local para controle vetorial e prevenção de arboviroses.



Palavras-chaves:  Arboviroses, Educação em Saúde, Prevenção, Vetores