PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEPTOSPIROSE DE 2013 A 2017 NO ESTADO DE PERNAMBUCO
MANUELLA FALCÃO ANDRADE DE ALMEIDA1, FRANCISCO DUARTE FARIAS BEZERRA1, ARIANNA ARAUJO FALCÃO ANDRADE E SILVA 1, RAYLENE MEDEIROS FERREIRA COSTA1, MAYSA ALMEIDA DA SILVA1
1. SES PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2. NASSAU - Centro Universitário Mauricio de Nassau,
leishmaniose.sespe@gmail.com

A Leptospirose é uma doença infecciosa febril de início abrupto, com espectro clínico bastante variável de grande importância mundial, principalmente em países em desenvolvimento, causado por leptospiras patogênicas, sendo a mais importante a Lepistopira interrogans , transmitidas pelo contato com urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria. Com um amplo espectro de animais sinantrópicos, doméstico e selvagem, tem nos roedores os principais reservatórios no meio urbano. No entanto, os suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães funcionam também como reservatórios. O homem, hospedeiro terminal e acidental, contaminam-se ao entrar em contato direto ou indireto com a urina de animais infectados. O presente trabalho tem como objetivo trazer um levantamento histórico epidemiológico da Leptospirose do Estado de Pernambuco nos anos de 2013 a 2017. O estudo apresentou caráter documental, transversal e retrospectivo, com a apresentação de dados quantitativos relativos às informações encontradas no banco de dados do SINAN e SIM sobre a Leptospirose no Estado. No período estudado, foram confirmados 915 casos de leptospirose, dos quais 92,57% dos casos foram encontrados na I Regional de Saúde do Estado (I GERES). De acordo com os dados levantados, a população masculina é a mais afetada com 673 casos (79,46%) das notificações. Em relação a faixa-etária foi constatado casos de leptospirose em todas as faixas-etárias analisadas, sendo a maior predominância em pacientes entre os 20 e 34 anos com 31% dos casos. No que se refere a evolução dos casos, a  taxa de letalidade foi de 13%, pode-se considerar alta ao comparar com a taxa nacional que é, segundo o Ministério da Saúde de 8,7%. Diante de tais fatos, é importante a realização de estudos mais detalhados e a implementação de políticas públicas intersetoriais no intuito de minimizar os fatores de risco para a transmissão da doença.



Palavras-chaves:  Leptospirose, Epidemiologia, Pernambuco