PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DA ESPOROTRICOSE EM PERNAMBUCO NOS ANOS DE 2016 E 2017
MANUELLA FALCÃO ANDRADE DE ALMEIDA1, FRANCISCO DUARTE FRANCISCO BEZERRA1, ARIANNA ARAUJO FALCÃO ANDRADE E SILVA 1, RAYLENE MEDEIROS FERREIRA COSTA1, MAYSA ALMEIDA DA SILVA1
1. SES PE - Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 2. NASSAU - Centro Universitário Mauricio de Nassau,
leishmaniose.sespe@gmail.com

A esporotricose é uma doença fungíca subcutânea causada pelo fungo Sporothrix sp, dimórfico, cosmopolita, geralmente encontrado em material orgânico , sua transmissão dar-se através da inoculação do fungo na pele lesionada por espinhos, farpas, arranhões e mordeduras de animais contaminados tendo o gato como um importante transmissor zoonótico do adoecimento.  Há algumas décadas tem-se observado um crescente número de casos da doença, sendo relatados surtos e epidemias em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Em estudos preliminares realizados no Estado percebeu-se a situação emergente da esporotricose em Pernambuco, principalmente na Região Metropolitana do Recife (RMR), surgindo assim a necessidade de implementar a vigilância da doença. Por essa razão, a esporotricose é atualmente um agravo de interesse estadual com sua inserção, na lista de agravos de notificação do Estado desde 2015. O presente trabalho tem como objetivo trazer um levantamento epidemiológico da esporotricose do Estado de Pernambuco nos anos de 2016 e 2017, apresentando os primeiros resultados da vigilância no Estado com a apresentação de dados quantitativos relativos às informações encontradas no banco de dados do SINAN e LACEN. No período estudado foram notificados 146 casos, com 38 pacientes humanos confirmados e 170 felinos. Dentre as notificações existentes observamos que as pessoas do sexo feminino, foram mais acometidas pela esporotricose com 28 casos (73,68%) das notificações. No que se refere a faixa etária a população com idade entre 35 a 49 anos foi a mais acometida com 23,68% dos casos. Dentre os municípios notificadores, Olinda é responsável por 36,84% dos casos confirmados com 14 pacientes, seguidas pelos municípios de Igarassu e Camaragibe com 28,95% e 15,79% das confirmações de caso respectivamente. Diante da análise dos dados, percebe-se a que números apresentados estão subnotificados, o que mostra a necessidade intensificar, junto aos profissionais de saúde e unidades notificadoras a importância da notificação e investigação do agravo, para melhor avaliação e adequação das medidas de controle da esporotricose.



Palavras-chaves:  Zoonoses, Epidemiologia, Pernambuco