PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS NOS ESTADO DE PERNAMBUCO (2013 A 2017) |
Animais peçonhentos são aqueles que produzem veneno e possuem um aparelho inoculador com glândulas especializadas em inocular o veneno de forma ativa em sua presa ou predador, com distribuição geográfica particularmente em regiões tropicais e subtropicais. Os acidentes humanos por animais peçonhentos são graves problemas de saúde pública Os acidentes ofídicos foram incluídos pela Organização Mundial da Saúde, na lista de doenças das doenças tropicais negligenciadas que acometem, na maioria dos casos, em populações pobres que vivem em áreas rurais. No Brasil, os números vêm aumentando, inclusive na região urbana, em decorrência, principalmente, dos desequilíbrios ecológicos causados por ações antropogênicas. Desse modo, o presente estudo objetiva descrever e especificar a ocorrência de acidentes por animais peçonhentos no estado de Pernambuco no período de 2013 a 2017. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e retrospectivo cuja fonte de dados é o SINAN e o SIM. No período analisado foram registrados 63.588 acidentes por animais peçonhentos. Os acidentes escorpiônicos constituem a grande maioria dos casos, com 81% do total, seguidos pelos acidentes por abelhas, com 9,30%. Algumas pesquisas apontam que no Brasil há um maior número de acidentes na população masculina com 56,7% do total, em Pernambuco, de acordo com a análise realizada a população mais acometida foi do sexo feminino com 55% dos casos. A faixa etária com maior número de casos foi entre 20-34 anos com 24,15 % do total. De todos os casos notificados, a maioria evolui para a cura, sendo os acidentes ofídicos o de maior letalidade com 0,68%. Compreender o perfil epidemiológico desses acidentes é primordial para prevenir novos casos e orientar a população como proceder em caso de ocorrência de acidentes. |