INCIDÊNCIA DE HANSENÍASE NA ÚLTIMA DÉCADA NA CAPITAL ALAGOANA
IZABELLE BARBOSA DA SILVA 1, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES1, CLÁUDIO GABRIEL PINTO1, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS1, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, SONIELY NUNES DE MELO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes , 2. FCM - Faculdade de Ciências Medicas da Paraíba
bellabarbosa78@gmail.com

Sendo a hanseníase uma das doenças infectocontagiosas mais antigas da humanidade, inúmeras hipóteses já foram descritas a respeito de sua chegada ao Brasil e de como este tornou-se o pais com a segunda maior incidência da doença no mundo. A hanseníase é uma doença causada pela M ycobacterium Leprae transmitida através do sistema respiratório superior, atingindo principalmente as células da pele e as células nervosas, causando os típicos sintomas da doença. Esse artigo trata-se de um estudo descritivo, com dados obtidos no SINAN (Sistema de Informação de Agravo de Notificação) e SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Além de literaturas nas bases do Scielo e PubMed. No período de 2008 a 2018 foram notificados 956 casos de hanseníase na capital alagoana, 91,57% dos casos registrados em todo estado. Sendo que entre os anos de 2008 e 2010 foram notificados 104 casos, em 2011, 166, já 2012 foi o ano com maior incidência, sendo constatado 179 casos, contra 173 de 2013 e 165 de 2014. Entre os anos de 2015 e 2018 foram registrados 169 casos, uma queda de 305,9% se comparada aos 3 anos anteriores. Os resultados obtidos evidenciam uma considerável queda de hanseníase na capital alagoana, porém permanecendo com elevadas taxas de infecção. Tal situação deve-se a inúmeros fatores, entre eles, a falta de informação, conhecimento, início tardio do tratamento e carência de políticas públicas destinados à doença. As péssimas condições de saúde em que Maceió se encontra, não oferece um serviço assistencialista adequado para a prevenção e diagnóstico da doença, levando ao início tardio do tratamento. Nesse viés, apesar dos sintomas serem extremamente característicos, o pensamento errôneo de que a hanseníase já foi erradicada, faz com que as pessoas mesmo apresentando os sintomas, não pensem em uma infecção pela Mycobacterium leprae, contribuindo para a propagação da bactéria e aumento no número de casos.  Atualmente, Maceió não possui ações de saúde destinadas à erradicação da hanseníase. Portanto, torna-se necessário uma intervenção governamental eficaz para erradicar essa doença ainda muito presente no convívio da população maceióense. Para isso, propagandas e ações realizadas para orientar a população acerca da hanseníase e seus sintomas são fundamentais, além de um maior investimento em saúde pública contribuindo para um diagnóstico e tratamento eficientes.



Palavras-chaves:  Epidemiologia , Hanseníase , Saúde Pública