PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE COINFECÇÃO TUBERCULOSE (TB)-HIV/AIDS NOS ÚLTIMOS ANOS EM ALAGOAS
SONIELY NUNES DE MELO ¹, IZABELLE BARBOSA DA SILVA¹, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA¹, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA¹, CLAÚDIO GABRIEL PINTO¹, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES¹, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES¹, RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS¹, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA¹, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO¹, ADOLFO LUCAS FELISBERTO COSTA ¹, MARIA HELENA ROSA DA SILVA¹, JOSÉ WILTON DA SILVA¹
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM-PB - Fauldade de Ciências Médicas da Paraíba
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A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, transmitida pelo ar, apresentando-se de forma ativa ou latente no organismo. Nesse contexto, mesmo com as estratégias desenvolvidas para a erradicação dessa doença, esta é um problema persistente de saúde pública no Brasil. Atrelado a isso, a associação da tuberculose com a infecção por HIV representa um novo desafio, visto que um portador do vírus estando infectado por tuberculose em estado de latência tem maior tendência de progredir para sua forma ativa, deprimindo o organismo de forma mais rápida, acarretando em óbito. Dessa forma, no presente estudo objetivou-se determinar o perfil epidemiológico dos casos de coinfecção TB-HIV/AIDS em Unidade Federativa do Nordeste Brasileiro no período de 2010 a 2018. Trata-se de um estudo baseado em dados obtidos através do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAM), com pesquisa através dos casos confirmados e notificados em Alagoas, no período de 2010 a 2018, com a variável sexo, disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Assim, de acordo com os dados, foram obtidos 94 casos confirmados de tuberculose com positividade para HIV em 2010; em 2011, 92; em 2012, 115; em 2013, 131; em 2014, 110; em 2015, 110; em 2016, 157 e em 2017, 157 casos. Além disso, observou-se que o sexo masculino sempre se destacou, com 113 casos apenas no último ano registrado. Nessa perspectiva, a relação estabelecida entre as notificações e os novos casos por coinfecção TB-HIV/AIDS em Alagoas demonstrou a necessidade de medidas para reduzir a incidência e a letalidade da doença. Isto posto, é imprescindível monitorar a ocorrência de novos casos e surtos segundo o Guia de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Outrossim, o número de registros entre o sexo masculino demonstra que as medidas preventivas e o controle para conscientizar esse grupo devem ser aperfeiçoadas e mais bem direcionadas. Por conseguinte, de acordo com os dados mencionados, percebe-se que o progresso global ainda é insuficiente para atingir o objetivo de reduzir os impactos para tuberculose e HIV. À vista disso, tem-se a importância da integração estratégica dos programas de controle de TB-HIV/AIDS para reduzir a carga de mortalidade relacionada à coinfecção no Brasil, pois a maioria das mortes podem ser evitadas com diagnóstico precoce e tratamento apropriado para tuberculose e HIV.