PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO HIV NO MUNICÍPIO DE SERRA TALHADA, PERNAMBUCO
SONIELY NUNES DE MELO 1, IZABELLE BARBOSA DA SILVA1, CARLOS HENRIQUE BEZERRA DE SIQUEIRA1, CLAÚDIO GABRIEL PINTO1, SANTÍLIA TAVARES RIBEIRO DE CASTRO E SILVA1, MAYLLA BIANCA BARBOSA TAVARES1, BRUNA RAFAELLA SANTOS TORRES1, RAYANA RIBEIRO TRAJANO DE ASSIS1, NAYARA SANDRIELE SANTANA DE SOUZA1, DIEGO FIGUEIRÊDO MACÊDO SECUNDO1
1. UNIT - Centro Universitário Tiradentes, 2. FCM-PB - Fauldade de Ciências Médicas da Paraíba
sonielymelomed@gmail.com

A infecção pelo vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), merece destaque nas problemáticas da saúde do país, sendo alarmante em cidade do interior de Pernambuco. O HIV é encontrado em diversas secreções orgânicas, como sangue, sêmen, secreções vaginais, leite materno, saliva e urina, não sendo esses obrigatoriamente meios de transmissão deste vírus. Esse, por sua vez, infecta vários tipos de células do sistema imunológico, principalmente as células T auxiliares CD4+, macrófagos e células dendríticas, deixando o indivíduo em situação de profunda imunossupressão. Dentro desse contexto, no presente estudo objetivou-se a soroprevalência da infecção pelo HIV em Serra Talhada, município de Pernambuco. Trata-se de um estudo baseado em dados obtidos através do SINAM (Sistema de Informações de Agravo de Notificação) e do Centro de Testagem e Aconselhamento – Serviço de Assistência Especializada (CTA/SAE), disponíveis no Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). De acordo com os dados mais recentes, no período de janeiro a novembro de 2016, foram notificados 7 casos de contaminação pelo vírus no município. Em contrapartida, no ano de 2017, no mesmo período, foram registrados 69 casos, representando um crescimento alarmante de mais de 300% em apenas um ano. Conforme os dados obtidos, torna-se preocupante a incidência de pessoas infectadas pelo HIV.  Nessa perspectiva, pode-se inferir que diversos fatores contribuem para essa realidade, destacando-se os avanços quanto ao tratamento da doença associado ao insensato esquecimento de que a infecção pelo vírus permanece incurável e que não existe vacina para preveni-la. Com isso, é notória a negligência quanto à gravidade da infecção, atrelada à vulgarização do sexo, ao não uso de preservativo nas relações sexuais e à diminuição da preocupação das entidades públicas e da sociedade após o livre acesso à medicação antiviral. Nesse contexto, é imprescindível chamar a atenção dos órgãos públicos e da mídia local para essa adversidade. A prevenção continua sendo a melhor alternativa para mudar essa realidade. Nesse sentido, os testes preventivos e o tratamento já são disponibilizados gratuitamente, mas o processo educação-saúde precisa ser implementado no município, com linguagem acessível e universal, voltada a todas as faixas etárias, de forma a impactar a população quanto à gravidade da doença.



Palavras-chaves:  Soroprevalência de HIV, AIDS, Prevenção