SÍFILIS CONGÊNITA: UMA BREVE ANÁLISE DA SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL
AMANDA SILVA GARCÊS FURTADO 1, CONCEIÇÃO DE MARIA PEDROZO E SILVA DE AZEVEDO1, DARLENO DE SOUSA CAMELO 1, ALINE MARIA DE LEMOS ARAÚJO1, CARLA DANIELLE ALMEIDA LIMA1, KENNETH ANDERSON MAGALHÃES1, LUCAS VINÍCIUS OLIVEIRA CAMPOS1, RANIERE VICTOR BRAGA NASCIMENTO1, THIEGO CASTRO FORTES1, YASMIN ANDRADE FRANCO1
1. UFMA - Universidade Federal do Maranhão
amandaa-silva11@hotmail.com

A OMS estima que mais de um milhão de casos de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) são diagnosticados por dia; anualmente, esse número se converte em 357 milhões de novos casos, dentre os quais se inserem os de sífilis. A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, caracterizada por períodos de remissão e de exacerbação. Apesar de tratável e curável, ainda é grande o número de indivíduos não diagnosticados. Em gestantes, a infecção ganha proporções ainda mais alarmantes, haja vista seu potencial de transmissão vertical, que pode gerar desde alterações clínicas até abortamento espontâneo e morte perinatal. Logo, compreendendo-se a relevância desse tema no âmbito de saúde pública, é importante que se identifique qual a situação atual do país no que diz respeito aos casos de sífilis congênita. Fez-se um estudo descritivo utilizando-se os indicadores de sífilis do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais, com dados referentes aos anos de 2000 a 30 de junho de 2016. Foram considerados: o número de casos diagnosticados em menores de 1 ano; diagnóstico final e a idade das crianças no momento do diagnóstico; o tratamento da mãe; o tratamento do parceiro. O número de casos em menores de 1 ano contabilizam 159.850, com aumento de aproximadamente 268% entre os anos de 2007 (5.219 casos) e 2016 (20.474 casos). 92% desses casos são caracterizados como sífilis congênita recente, concentrando-se 93,8% dos diagnósticos em recém-nascidos com menos de 7 dias. Quanto ao tratamento da mãe, nota-se que a porcentagem geral de tratamentos adequados é superada em muito pela de tratamentos inadequados: 49,5% deste contra 10% daquele. Igualmente, o tratamento dos parceiros ainda não encontrou taxas satisfatórias: 61,7% dos parceiros não foram tratados, e, em 25,2% dos casos, essa informação foi ignorada. Diante disso, é necessário que sejam feitos novos estudos sobre o tema a fim de se identificarem as causas primárias da situação da sífilis congênita no país. Como consequência – e, principalmente, com o suporte do Estado – políticas públicas eficientes poderão atuar sobre as raízes desse problema, colaborando, assim, para a reversão do quadro atual.

Palavras-chave: Brasil, casos, sífilis congênita.



Palavras-chaves:  Brasil, casos, sífilis congênita